Bebê que teve queimadura em hospital na Serra passa por enxerto no pé

O bebê José, que sofreu queimaduras graves no pé esquerdo dentro do Hospital Estadual Jayme Santos Neves, na Serra, foi submetido a um enxerto no pezinho na manhã desta quinta-feira (18).

O procedimento ocorreu dois dias depois de o bebê receber alta da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin), na terça-feira (16).

Segundo a mãe de José, a auxiliar de sala Sara Peisino, de 24 anos, o procedimento correu bem e não houve nenhuma intercorrência.

A pele utilizada para fazer o enxerto foi retirada da panturrilha do bebê, segundo o que o cirurgião contou à mãe. Com o crescimento de José, a expectativa é que a cicatriz se torne praticamente imperceptível.

“José fez o enxerto, correu tudo bem. A pele foi tirada da peninha dele e como foi uma área pequena e ele ainda vai crescer, o doutor disse que a cicatriz vai ficar quase imperceptível”, contou.

O bebê fará uso de antibióticos por via oral de seis em seis horas após o procedimento, e na segunda-feira (22) os médicos irão retirar o curativo para acompanhar o processo de cicatrização.

“Ele agora está dormindo como se nada tivesse acontecido, na segunda-feira vão tirar o curativo para ver se a pele colou direitinho. Quem está orando por nós, continue a orar, para que dê tudo certo”, contou a mãe.

Entenda o caso

José nasceu no dia 19 de agosto no Hospital Jayme Santos Neves. Após o parto, o bebê apresentou temperatura corporal abaixo do ideal (36,2 ºC) e foi colocado em uma incubadora.

De acordo com a família, uma enfermeira teria usado um algodão aquecido de forma irregular — encostado na lâmina da incubadora — antes de colocá-lo dentro da meia do bebê. O procedimento resultou em queimaduras graves no pé esquerdo do recém-nascido. Após a identificação da lesão, o bebê foi transferido para o Hospital Infantil de Vitória.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) determinou o afastamento dos profissionais envolvidos no caso.

O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) informou, em nota, que a técnica relatada pela família não faz parte dos protocolos da Enfermagem. O caso segue sob investigação.