As câmeras com Inteligência Artificial para fazer reconhecimento facial em 500 ônibus do Transcol e em 15 pontos fixos da Grande Vitória, anunciadas nesta manhã pelo governador Renato Casagrande (PSB), são capazes de identificar suspeitos por crimes em até 6 segundos.
Os equipamentos fazem parte de uma entrega que utiliza tecnologia para integrar os sistemas estaduais de segurança pública e já estão em funcionamento, segundo Casagrande.
Conforme anunciado, o projeto que utiliza o banco de dados de biometria facial do Estado para reconhecer, por meio das imagens, possíveis criminosos, foragidos e pessoas desaparecidas, já foi testado em dois pontos da região metropolitana e, desde o momento em que foi implementado no fim do ano passado, ajudou a prender 155 pessoas.
Como funciona a câmera inteligente?
A tecnologia de IA presente nas câmeras dos ônibus e nas ruas cruza as imagens capturadas pelo equipamento com um banco de dados robusto que inclui:
- 723 mil capixabas com carteira de identidade atualizada e biometria facial;
- 1,1 milhão migrados do sistema anterior (que podem se repetir);
- 24 mil pessoas do sistema prisional, que já têm a biometria facial cadastrada no sistema da Secretaria de Justiça;
A partir do cruzamento das informações, o sistema pode alertar, automaticamente e em até 6 segundos, as autoridades policiais sobre possíveis criminosos flagrados.
O agente alertado, então, confere a imagem e a identificação sugerida pela IA e, após confirmação, toma as medidas necessárias para abordar o suspeito.
As imagens também podem ser utilizadas como provas para crimes cometidos dentro dos coletivos. Neste caso, o processo é o mesmo que já ocorre atualmente: a vítima faz um boletim de ocorrência e as imagens são recuperadas para auxiliar na investigação do caso. No entanto, agora a identificação já estará automaticamente disponível.
O secretário estadual de Segurança, Leonardo Damasceno, reforçou que a medida tem “função policial e social”, visto que também pode ajudar na dentificação de pessoas desaparecidas.
Ele também ressaltou que a tecnologia é baseada em algoritmos exclusivos para cada rosto e não faz distinções por cor ou gênero.
“A tecnologia traz dois fatores: velocidade e acurácia. Ela processa até 400 mil rostos por segundo”, informou Damasceno, que acredita que o sistema proporciona uma “transformação” na área da segurança no Estado.