Polícia

Câmeras nos ônibus do Transcol vão identificar suspeitos em 6 segundos; veja como vai funcionar

Equipamentos fazem parte de uma entrega que utiliza inteligência artificial para integrar os sistemas de segurança pública do ES

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Câmeras nos ônibus do Transcol vão identificar suspeitos em 6 segundos; veja como vai funcionar Câmeras nos ônibus do Transcol vão identificar suspeitos em 6 segundos; veja como vai funcionar Câmeras nos ônibus do Transcol vão identificar suspeitos em 6 segundos; veja como vai funcionar Câmeras nos ônibus do Transcol vão identificar suspeitos em 6 segundos; veja como vai funcionar
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória
Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

As câmeras com Inteligência Artificial para fazer reconhecimento facial em 500 ônibus do Transcol e em 15 pontos fixos da Grande Vitória, anunciadas nesta manhã pelo governador Renato Casagrande (PSB), são capazes de identificar suspeitos por crimes em até 6 segundos.

Os equipamentos fazem parte de uma entrega que utiliza tecnologia para integrar os sistemas estaduais de segurança pública e já estão em funcionamento, segundo Casagrande.

Conforme anunciado, o projeto que utiliza o banco de dados de biometria facial do Estado para reconhecer, por meio das imagens, possíveis criminosos, foragidos e pessoas desaparecidas, já foi testado em dois pontos da região metropolitana e, desde o momento em que foi implementado no fim do ano passado, ajudou a prender 155 pessoas.

Como funciona a câmera inteligente?

A tecnologia de IA presente nas câmeras dos ônibus e nas ruas cruza as imagens capturadas pelo equipamento com um banco de dados robusto que inclui:

  • 723 mil capixabas com carteira de identidade atualizada e biometria facial;
  • 1,1 milhão migrados do sistema anterior (que podem se repetir);
  • 24 mil pessoas do sistema prisional, que já têm a biometria facial cadastrada no sistema da Secretaria de Justiça;

A partir do cruzamento das informações, o sistema pode alertar, automaticamente e em até 6 segundos, as autoridades policiais sobre possíveis criminosos flagrados.

O agente alertado, então, confere a imagem e a identificação sugerida pela IA e, após confirmação, toma as medidas necessárias para abordar o suspeito.

As imagens também podem ser utilizadas como provas para crimes cometidos dentro dos coletivos. Neste caso, o processo é o mesmo que já ocorre atualmente: a vítima faz um boletim de ocorrência e as imagens são recuperadas para auxiliar na investigação do caso. No entanto, agora a identificação já estará automaticamente disponível.

O secretário estadual de Segurança, Leonardo Damasceno, reforçou que a medida tem “função policial e social”, visto que também pode ajudar na dentificação de pessoas desaparecidas.

O secretário estadual de Segurança, Márcio Celante Damasceno.
Secretário estadual da Segurança, Leonardo Damasceno. Foto: Thiago Soares/Folha Vitória

Ele também ressaltou que a tecnologia é baseada em algoritmos exclusivos para cada rosto e não faz distinções por cor ou gênero.

“A tecnologia traz dois fatores: velocidade e acurácia. Ela processa até 400 mil rostos por segundo”, informou Damasceno, que acredita que o sistema proporciona uma “transformação” na área da segurança no Estado.

Julia Camim

Editora de Política

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

Atuou como repórter de política nos veículos Estadão e A Gazeta. Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa, é formada no 13º Curso de Jornalismo Econômico do Estadão em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.