
O casamento entre homens e mulheres está acontecendo cada vez mais tarde, até mesmo após os 30 anos, no Espírito Santo. Isso é o que aponta os dados sobre registro civil divulgados nesta quarta-feira (10), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O estudo, com informações enviadas pelos Cartórios de Registro Civil e pelas Varas de Família e Tabelionatos de Notas, revela que idades nos casamentos entre pessoas de sexos distintos, independente do estado civil prévio, aumentaram nos últimos anos, tanto para homens quanto para mulheres.
Segundo os dados do IBGE, durante o ano de 2024 no Estado, nos casamentos entre pessoas de sexo diferente, a idade média foi de 30,5 anos para os homens, sendo a quarta menor do Brasil e 28,4 anos para as mulheres, também a quarta menor do Brasil.
Essa idade média ao se casar vem subindo ao longo do tempo: em 2004, era de 27,2 anos para os homens e 24,1 anos para as mulheres; em 2014, 28,9 anos e 26,2 anos.
Um desses casos é o engenheiro mecânico capixaba, Gabriel Fernandes, que casou aos 30 anos, com a psicóloga Eluma Valente.
Gabriel conta que a decisão de esperar mais tempo para oficializar a união foi influenciada por três fatores principais: financeiro, pessoal e profissional.
Queria acreditar que eu estava mais maduro para tomar essa decisão. E o número 30 era um número que eu acreditava que poderia me trazer segurança para decidir. Financeiro, porque pela projeção que fiz, é uma faixa etária que eu estaria um pouco mais estabilizado. E a questão profissional, que veio com a financeira.
Gabriel Fernandes, engenheiro.
Além disso, Gabriel também descreve que, casar aos 30 anos trouxe vantagens, como maior estabilidade emocional e profissional. “Tive a vantagem, em relação à maturidade e estabilidade. Estava um pouco mais estabilizado na empresa com um salário representativo para a decisão”.
“Adiamento da decisão pelo casamento civil”
A gerente da pesquisa do IBGE, Klívia Brayner, sinaliza que, a ampliação da idade ao se casar pode estar relacionada ao adiamento da decisão pelo casamento civil.
A ampliação da idade ao se casar pode estar relacionada ao adiamento da decisão pelo casamento civil e ao aumento do número de recasamentos, uma vez que a extensão da expectativa de vida também contribui para esse cenário.
Klívia Brayner, gerente de pesquisa do IBGE
Casamento dura em média 13,2 anos no Espírito Santo
Segundo o levantamento do instituto, o tempo médio entre o “sim” e a assinatura do divórcio no Espírito Santo caiu para 13,2 anos, sendo esse o menor patamar registrado em duas décadas no Estado.
No ano de 2004, a média de duração era de 17,5 anos. Após dez anos, em 2014, esse período de relacionamento havia caído para 14,4 anos, até chegar ao índice atual de 13,2.
Já no âmbito nacional, o tempo médio entre o casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio se manteve em 13,8 anos em 2024, repetindo o resultado de 2023. Em 2010, era de aproximadamente 16 anos.
O levantamento também apontou o perfil dos casais que se separam: em 2024, os homens que passaram pelo divórcio tinham, em média, 44,6 anos, enquanto as mulheres se desfaziam o vínculo mais cedo, aos 41,6 anos.