Mel e cacau, em uma cerveja? E com a garrava de 750ml a R$ 90? Para muita gente pode parecer estranho, mas para uma cervejaria artesanal capixaba é sinônimo de medalha! A brazilian fruit beer, categoria que tem fruta brasileira na bebida, Mel e Cacau da cervejaria Três Santas foi medalha no 2º Brazilian International Beer Awards. Trata-se, nada menos do que um dos maiores concursos do Brasil. Do mesmo modo a cerveja Terra da Cachaça ganhou ouro e alcançou nota 98 na competição.
E não foram os únicos prêmios da Três Santas.
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A cervejaria que fica no Circuito Caravaggio, em Santa Teresa, ganhou mais duas medalhas de ouro ( “O Julgamento Selvagem” e “Paisagem Interior”). Teve duas pratas (“Menino Sep” e “Bretted Mind”). E, ainda, um bronze (“Uma Canção Praieira”).
E não foi a única cervejaria capixaba a ganhar prêmios.
Ao todo foram 41 medalhas e também foram ganhadoras: Três Torres, Divina Beer, Marlin Azul, Bergerbier, Zonatelli, I Lupi, Ronchi, Esperanza, Aurora, Divina Beer, Piwo, Grecco, Sweet River e Conseição.
Nesse grupo temos ainda cervejarias de Colatina, Venda Nova do Imigrante, Ibiraçu, Vila Velha, Domingos Martins e outros municípios. Nesse sentido, o ramo parece ter um apelo turístico com capacidade de mobilizar qualquer município. Em todo o Estado.
O Brazilian International Beer Awards é um concurso nacional que acontece sempre em novembro em Salvador, na Bahia. É o maior concurso de bebidas independentes da América Latina. É reconhecido ainda pelo International Federation of Brewing Competitions, entidade internacional.
Cenário da cerveja capixaba
Fabricar cerveja artesanal vai além de uma forma de ganhar notoriedade no Brasil e no mundo. Também pode garantir faturamento. Nesse sentido, o Espírito Santo tem um mercado promissor e com cada vez mais representantes.
Segundo a Associação das Indústrias de Cerveja Artesanal do Espírito Santo (Aicerva), existem hoje 60 cervejarias com registro no Ministério da Agricultura no Estado. A produção média é de 300 mil litros por mês. A atividade gera 300 empregos diretos na fabricação e 500 indiretos. O setor fatura R$ 3,6 milhões por ano no Estado.
Editor de Economia
Edu Kopernick é jornalista formado na Faesa, especialista em Comunicação Organizacional pela Gama Filho, com experiência em reportagens especiais para veículos nacionais e séries sobre economia do Espírito Santo. Já teve passagens pelos principais veículos de TV, rádio e webjornalismo do Estado. É editor de Economia do Folha Vitória desde 2024, apresentador de TV e host do videocast ValorES.
