Garrafas PET, latinhas, canudinhos e até sacolas de supermercado viraram roupas para pequenos modelos desfilarem numa escola de educação infantil em Jardim da Penha, em Vitória. O desfile de moda sustentável “Reciclando com estilo” reuniu pais e educadores para prestigiar o talento das crianças.
A diretora da escola Pequeno Ser, Ana Beatriz Epichin Falleiros, contou que o desfile faz parte de um projeto final sobre meio ambiente e sustentabilidade.
Ao longo do ano, a instituição já trabalha os temas de forma lúdica, porém há alguns anos, a diretora tinha a ideia de realizar um desfile e, pela primeira vez, ela conseguiu tirar a ideia do papel.
Nós fizemos roupinhas muito bem elaboradas. Eles tinham acessórios e roupas com sucata. E usamos os mais diversos materiais. Tinha roupas com garrafa PET, latinha, canudinho, papelão, saco de mantimentos, colher, tampinha de garrafa PET, pratinho e copinho plásticos, cartela de medicamentos, CD, lacre, sacolas de lojas e folhas de revista.”
Ana Beatriz Epichin Falleiros, diretora
As roupas elaboradas por Ana Beatriz e por outras duas funcionárias, incluindo uma professora, fazem uso de sucatas recolhidas em projetos anteriores com os alunos e doadas pelos próprios pais.
Além disso, o desfile de moda sustentável, feito pelos alunos formandos da educação infantil, foi uma surpresa para os pais e até mesmo para as crianças.
“Queríamos fazer uma surpresa para os pais e como as crianças ficam muito ansiosas e acabam contando, nós decidimos não falar com eles. Falamos que era apenas uma apresentação de teatro, então os pais vieram achando que era um teatro. Quando chegaram aqui, viram a passarela e as decorações”, disse Ana Beatriz.
E os pequenos, que foram treinados no mesmo dia, deram um show, desfilando como modelos profissionais.
Além do momento descontraído do desfile, Ana Beatriz frisou a importância de fazer algo lúdico, por se tratar de crianças tão pequenas, que tem entre 5 e 6 anos.
“Nós ensinamos eles a cuidar dos animais, da natureza. E mostramos dentro dos projetos, essa parte da reciclagem. Isso é bom porque eles acabam cobrando dos pais quando eles fazem algo errado”, completou.
*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos