Data Business Logística reuniu empresários para debater o papel do Espírito Santo como a ponte do Brasil com o mundo

Evento realizado na última quinta-feira, dia 11 de setembro no Cinemark, do Shopping Vitória, pela Apex Partners  e Rede Vitória, o Data Business Logística  foi  um encontro estratégico que reuniu empresários, especialistas do segmento e autoridades com intuito de discutir como o Espírito Santo pode se consolidar como hub logístico nacional e internacional, conectando o Brasil a novos mercados. Após o tradicional café do encontro, na primeira atividade a apresentação de Lucas Schuller (especialista econômico da Futura), que apresentou uma leitura inédita de dados sobre o setor logístico e de comércio exterior, com foco nos diferenciais competitivos do Espírito Santo.

Espírito Santo: a ponte do Brasil com o mundo  – No painel “Espírito Santo: a ponte do Brasil com o mundo”, mediado por Ricardo Frizera (sócio-diretor da Apex), contou  com Pedro Chieppe (vice-presidente institucional da Apex) e Felipe Caroni (diretor executivo da Rede Vitória). A defesa de uma comunicação estratégica reforçou a ideia de que competitividade passa não apenas por infraestrutura, mas também por visibilidade.  Pedro Chieppe,  afirmou que o mercado de capitais pode ser a principal saída para financiar grandes projetos logísticos no Estado. Segundo ele, sem mecanismos de atração de capital privado, obras estruturantes ficam inviáveis ou lentas demais. A fala reforçou a importância da combinação entre políticas públicas e ambiente favorável ao investimento privado.

O Espírito Santo precisa se posicionar como marca reconhecida no cenário internacional – Felipe Caroni também ressaltou que o Espírito Santo precisa se posicionar como marca reconhecida no cenário internacional. Para ele, divulgar as vantagens logísticas do Estado em praças como Nova York ou Londres é um caminho estratégico para atrair novos parceiros. Ricardo Frizera lembrou que o Espírito Santo se tornou, nos últimos anos, o maior importador de aeronaves executivas do Brasil. Segundo ele, esse dado ilustra a capacidade de o Estado se integrar a mercados de alto valor agregado. Para os especialistas presentes, setores como a aviação executiva, a mineração e a siderurgia são exemplos de como a logística capixaba precisa estar preparada para atender demandas sofisticadas e em escala global.

A Rotterdam brasileira: Aracruz e o Parklog” – O painel “A Rotterdam brasileira: Aracruz e o Parklog”  abordou como o município de Aracruz pode se consolidar como centro logístico internacional. Giuliano Guastti (diretor da Imetame), Alexandre Billot (gerente geral da Portocel) e Pedro Benevides (diretor comercial e de novos negócios da Vports) destacaram projetos que já estão em andamento e grandes investimentos que podem reposicionar a região no mapa da logística global. Giuliano Guasti, diretor da Imetame, atualizou o público sobre o andamento das obras do Porto Imetame. Ele destacou os 400 metros de píer já concluídos e o avanço da dragagem. Explicou que a meta é transformar o porto em um terminal multipropósito, capaz de atender cargas de diferentes setores, incluindo contêineres, grãos e carga geral. Neste  painel Pedro Benevides, da Vports chamou atenção para o impacto social e educacional da atividade portuária. Nesse sentido ele citou a criação do Senai Porto, em Vitória, como exemplo. Segundo ele, a capacitação de mão de obra especializada é fundamental para manter a competitividade. Alexandre Billot, da Portocel. destacou que a estratégia da Portocel está voltada para ampliar sua presença em outras regiões do país, garantindo diversificação e expansão de mercado.

Mobilidade e Logística: empresas que conectam o Brasil – o painel “Mobilidade e Logística: empresas que conectam o Brasil”, mediado por Matheus Monjardim (Apex), reunirá Luiz Peixoto (conselheiro da Univale), Lael Varella Neto (diretor comercial da ELV) e Juliano Martins (diretor comercial da Transuiça). O debate destacou como empresas capixabas e nacionais estão modernizando frotas, ampliando rotas logísticas e garantindo maior competitividade em um cenário de juros elevados e custos altos.

A infraestrutura rodoviária foi outro ponto abordado – Roberto Amorim, diretor da Ecovias Capixaba, afirmou que a duplicação da BR-101 é fundamental para reduzir custos logísticos. Ele defendeu que os corredores rodoviários precisam acompanhar o crescimento dos terminais portuários, sob pena de limitar a competitividade. O argumento reforçou a ideia de que o Espírito Santo precisa trabalhar de forma integrada para se consolidar como hub de logística.  As rodovias também terão destaque, com a participação de Roberto Amorim (diretor-presidente da Eco Rodovias) no painel “Novas rotas rodoviárias: duplicação das BRs 101 e 262”.  

Competitividade do comércio exterior na Era Trump –  O painel dedicado ao comércio exterior abordou  os impactos da política tarifária dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Foi alertado para a necessidade de diversificação de mercados. Não ficar na dependência de  poucos destinos aumenta a vulnerabilidade do setor produtivo. O debate também destacou que o Espírito Santo pode ser protagonista nesse processo, oferecendo alternativas logísticas para empresas que buscam novos mercados na Europa e na Ásia. Os participantes reforçaram que, além da infraestrutura física, o ambiente regulatório é essencial para atrair investimentos. A segurança jurídica, as regras claras e a previsibilidade foram apontadas como fatores que diferenciam o Espírito Santo em relação a outros estados. Ao mesmo tempo, a integração com o Centro-Oeste e a interiorização da logística foram vistas como passos decisivos para ampliar a base produtiva atendida pelos portos capixabas.

Políticas públicas integradas e de longo prazo para transformar o Espírito Santo  – O evento se encerrou com a fala de Marcelo Santos (presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo) em “A ponte do Brasil para o futuro”, reforçando a importância de políticas públicas integradas e investimentos privados para transformar o Espírito Santo em referência logística nacional. Ele defendeu políticas públicas integradas e de longo prazo para transformar o Espírito Santo em referência logística nacional e internacional. Para o parlamentar, a união entre setor produtivo, governo e sociedade civil é indispensável para sustentar o crescimento.

Sesc lança agências de Turismo Social no interior do ES e na Grande Vitória – O Sesc Espírito Santo abriu seis novas agências de Turismo Social no Espírito Santo, nas unidades de Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, Linhares, São Mateus, Vila Velha e no Sesc Glória, em Vitória. A capital já conta com uma agência no Parque Moscoso, no Centro. A iniciativa é um marco da atual gestão do Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac, sob a presidência de Idalberto Moro, que tem o turismo como objetivo estratégico da sua gestão. O lançamento ocorreu nesta quinta-feira, 11 de setembro, em recepção para convidados, no Centro Cultural Sesc Glória.

O Turismo Social do Sesc tem como objetivo democratizar o acesso ao turismo e ao lazer de qualidade  – Para o diretor regional do Sesc-ES, Luiz Toniato, além de atender à crescente demanda por roteiros acessíveis, inclusivos e inovadores, a iniciativa fomenta o turismo regional, amplia as oportunidades econômicas e culturais, e se alinha às diretrizes institucionais do Sesc e da Câmara Empresarial do Turismo (CET-ES) para o fortalecimento sustentável do turismo capixaba. “As novas agências contribuem para fortalecer o Sesc como agente impulsionador do turismo social no Estado, para descentralizar e ampliar a experiência dos turistas e incentivar o comércio e a economia local. Também é uma forma de validar novos roteiros turísticos”, explica Toniato. O Turismo Social do Sesc tem como objetivo democratizar o acesso ao turismo e ao lazer de qualidade, por meio de experiências planejadas, voltadas ao trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo e aos seus dependentes. 

A importância do turismo como integração social  – “Com uma programação para toda a família, ofertamos passeios e excursões de qualidade, com valores subsidiados pelo Sesc e formas de pagamento mais acessíveis, com saída de Linhares, de Cachoeiro, de Colatina, de São Mateus, com destinos variados pelo Espírito Santo, permitindo que o capixaba conheça cada vez mais seu estado, as belezas, a história, a cultura e as potencialidades”, reforça Mônica Velasques, diretora de Turismo, Lazer e Hospitalidade do Sesc-ES. Ela destaca a importância do turismo como integração social. “É uma experiência que contribui para que as pessoas entendam as origens e as diferenças de cada território, os usos e costumes de cada povo e enriquece a sociedade”, afirma Mônica Velasques.

Os roteiros contemplam eixos inovadores e temáticos, com base no Mapa do Turismo do ES –  evidenciando a cultura, a gastronomia, o meio ambiente e a história locais, proporcionando desenvolvimento solidário e sustentável nas 10 regiões contempladas. Os passeios são feitos em transportes turísticos, incluindo seguro viagem. Os turistas vivenciam a troca de experiências com as comunidades, conhecendo tradições e manifestações regionais, com auxílio de um guia profissional cadastrado no Ministério do Turismo que acompanha todo o passeio. “A expansão do turismo social do Sesc-ES é mais uma ação estruturante realizada pelo Sistema Fecomércio-ES que busca fortalecer o turismo do Espírito Santo como atividade econômica e social”, diz o presidente do Sistema Fecomércio-ES – Sesc e Senac – Idalberto Moro. A programação dos próximos passeios está disponível no site: https://sesc-es.com.br/turismo-e-lazer/excursoes-e-viagens

Ultrafarma lança campanha especial para o Dia do Cliente com três dias de descontos inéditos – A Ultrafarma preparou uma campanha inédita para celebrar o Dia do Cliente, comemorado em 15 de setembro. Durante três dias (13, 14 e 15/09), a rede oferece descontos exclusivos em medicamentos de marca e genéricos, incluindo os de uso contínuo, com condições especiais em todas as plataformas — lojas físicas, site e aplicativo. No filme, estrelado pelo presidente e fundador da rede, Sidney Oliveira, e por sua versão em avatar 3D, a mensagem chega em tom de entusiasmo: “Começou o descontão do cliente Ultrafarma. São três dias de preços incríveis, com descontos jamais vistos. Mas atenção: o desconto do Dia do Cliente vai só até 15 de setembro. É o descontão do cliente Ultrafarma. Tudo em promoção só para você!”. A ação reforça o compromisso da Ultrafarma em valorizar a confiança e fidelidade dos consumidores, além de democratizar o acesso à saúde com preços acessíveis para milhões de brasileiros.

Confira: 

Ficha Técnica

Agência: Cavaz Publicidade

Diretor de Marketing: Maurício Cavazani

Criação executiva: Valdir Taboada e Maurício Cavazani

Direção: Benedito Carlos Oliva

Produtora: Oliva Filmes

T.T. Burger celebra o Dia do Cliente com promoção imperdível em todas as unidades – Nesta segunda-feira, 15 de setembro, o T.T. Burger vai transformar o Dia do Cliente em uma verdadeira festa para os apaixonados por hambúrguer artesanal. Reconhecida por ser a primeira hamburgueria 100% brasileira e pioneira no conceito artesanal no país, a marca preparou uma ação especial para homenagear quem faz parte dessa história de sucesso: seus clientes. Neste dia, o combo de almoço ficará disponível durante o dia inteiro, com preços irresistíveis, assim como os burgers da marca. É a oportunidade perfeita para desfrutar de uma experiência gastronômica de qualidade, reunir amigos e familiares e celebrar a data de forma memorável. Com seus preparos icônicos, acompanhamentos deliciosos e um ambiente descontraído e acolhedor, o T.T. Burger convida todos a viver um momento de celebração, onde o protagonista é o cliente. A oferta é válida somente no dia 15 de setembro e em todas as lojas da rede.

Estudo inédito mostra como países avançam no ensino de Computação e aponta recomendações para o País e o Espírito Santo é pioneiro no Brasil – Na quinta-feira passada, dia 11 de setembro, às 10h, foi lançado o estudo “Currículos de Computação: Levantamento e Recomendações”, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo e do Movimento pela Base, com execução do Vozes da Educação. Transmitido pelo YouTube da Fundação Telefônica Vivo, o estudo apresenta um levantamento inédito sobre experiências internacionais que podem inspirar políticas públicas e um mapeamento da realidade brasileira sobre a presença da Computação nos currículos da Educação Básica, compartilhando recomendações que buscam apoiar as redes na implementação da BNCC Computação. 

O evento contou também com a participação da Secretaria de Educação do Espírito Santo – pioneira na elaboração do Referencial Curricular de Computação aprovado pelo Conselho Estadual de Educação. Apesar da atualização dos currículos com a incorporação da Educação Digital estar prevista em normativas desde 2023, se essa adequação não for realizada ainda este ano, as redes de ensino poderão ficar inabilitadas para o recebimento do Valor Aluno/Ano por Resultado (VAAR) do Fundeb nos próximos ciclos. Além disso, é essencial iniciar desde já o planejamento da implementação efetiva prevista para 2026, obrigatória em todas as etapas da Educação Básica. Isso envolve um conjunto articulado de ações que vão além do currículo, incluindo a formação de professores, a produção e seleção de materiais pedagógicos alinhados às novas diretrizes e a definição de estratégias para avaliação das aprendizagens. Ao reunir práticas internacionais sobre a implementação do ensino de Computação em territórios de referência e destacar as estratégias adotadas pelas unidades federativas para incorporar o complemento de Computação à BNCC, o estudo busca inspirar reflexões e ações concretas que reforcem o compromisso das redes com as diretrizes nacionais para a Computação na Educação Básica.

Vídeo da live da vivo – educação

O Estudo revela como países avançam no ensino de Computação e aponta recomendações para o Brasil – Enquanto o Brasil se prepara para implementar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) Computação em todas as redes de ensino até 2026, experiências internacionais mostram que é possível estruturar políticas consistentes de ensino da área e garantir que todos os estudantes desenvolvam competências digitais essenciais. É o que revela o estudo “Currículos de Computação: Levantamento e Recomendações”, iniciativa promovida pela Fundação Telefônica Vivo e Movimento pela Base, e executada pelo Vozes da Educação.

O estudo, que foi realizado entre novembro e dezembro de 2024 e traz recomendações para apoiar redes de ensino na implementação, acende o alerta de que as redes que não se mobilizarem, correm risco de prejuízos pedagógicos e financeiros. Isso porque o complemento da BNCC Computação explicita direitos de aprendizagem que devem ser garantidos para todos os estudantes brasileiros, além dessa adequação curricular  passar a ser critério essencial para o recebimento do VAAR (Valor Anual/Aluno por Resultado) – indicador do Fundeb que calcula o investimento em cada rede de ensino, a partir do número de matrículas e de resultados educacionais, avaliados pelo cumprimento de metas de melhoria de gestão e evolução de indicadores de aprendizagem. De acordo com a Resolução CEB/CNE nº 1, de 4 de outubro de 2022, e na Resolução CEB/CNE nº 2, de 21 de março de 2025, é necessário que os referenciais curriculares contemplem as normas relativas à Computação na Educação Básica, devendo as redes de ensino informar oficialmente sobre esse alinhamento.

Vídeo da live da vivo – educação

Caso ainda não tenham incorporado isso em 2025, as redes não serão impedidas de receber os recursos da complementação do VAAR em 2026, mas precisarão ajustar seus documentos curriculares até o final de 2025 para evitar a inabilitação nos anos seguintes.  “A adoção da BNCC Computação traz direitos de aprendizagem sobre temas que são essenciais para preparar as crianças e os jovens para uma sociedade cada vez mais digital. Não se trata de um conteúdo pontual eletivo, mas sim de algo que precisa acompanhar o estudante ao longo de sua trajetória escolar, sob pena de ampliarmos desigualdades no país”, afirma Lia Glaz, diretora-presidente a Fundação Telefônica Vivo.

As experiências internacionais –  O levantamento analisou iniciativas em oito territórios: Austrália, Canadá (Ontário), Chile, Estados Unidos (Arkansas e Nevada), Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido, para identificar como o ensino de Computação vem sendo incorporado aos currículos escolares. Foram observados quatro aspectos: currículo, formação docente, recursos de apoio e avaliação da aprendizagem. No que se refere a currículo, países como Austrália, Chile, EUA, Portugal, Nova Zelândia e Reino Unido, a Computação é tratada como disciplina específica, com conteúdos próprios, em diferentes etapas da Educação Básica. Em outros, como Ontário (Canadá), há integração transversal, em que as habilidades da área dialogam com Matemática, Ciências e Linguagens.

Todos os territórios analisados oferecem algum tipo de formação continuada de professores para apoiar a implementação do currículo – Em sete deles, é exigida formação inicial específica em Computação ou áreas correlatas. Nos EUA, estados como Arkansas e Nevada exigem inclusive aprovação em exames de certificação (como o Praxis).  Quando se trata de recursos pedagógicos, os governos disponibilizam materiais como planos de aula, plataformas digitais, bibliotecas de recursos e kits de robótica. No Chile, por exemplo, o Ministério da Educação produz livros didáticos digitais gratuitos para apoiar alunos e professores. No contexto de avaliações, Austrália, Chile e Estados Unidos aplicam provas nacionais amostrais em tecnologia, para monitorar o progresso dos estudantes e subsidiar políticas públicas.

Recomendações para o Brasil – Com base nas práticas internacionais, o relatório ainda traz sugestões para apoiar redes de ensino na implementação da BNCC Computação no contexto nacional. Ao olhar para Currículo, é importante alinhar os referenciais curriculares à BNCC Computação, garantindo a presença dos três eixos estruturantes – Pensamento Computacional, Cultura Digital e Mundo Digital – e a progressão das aprendizagens por etapa. No Brasil, a maioria das redes estão realizando a implementação de forma transversal, e não como componente específico, o que torna mandatório ter coerência e intencionalidade na abordagem.

Quando falamos de recursos didáticos, destaca-se o olhar para o desenvolvimento e a distribuição de materiais de qualidade –  adaptados a diferentes contextos, incluindo planos de aula, kits de tecnologia e propostas de avaliação. Para a formação de professores, é fundamental ampliar a oferta de cursos de graduação específicos, incluir conteúdos de Computação em Pedagogia e licenciaturas e promover formações continuadas com trilhas temáticas. No que se refere a avaliações, recomenda-se criar instrumentos que permitam acompanhar a aprendizagem dos estudantes, com rubricas, sequências avaliativas e, futuramente, avaliações externas em larga escala. Aliado a isso, destaca-se também a relevância de estruturar planos estaduais de apoio, com cronogramas escalonados, suporte pedagógico e monitoramento sistemático da execução.

Exemplos que inspiram – Entre os territórios analisados, algumas experiências se destacam. O programa Tecnologias Digitais em Foco, na Austrália, o apoiou 160 escolas vulneráveis com formação docente personalizada, planos de ação e mentorias para implementação do currículo. O projeto também fomentou uma cultura de inovação pedagógica, fortalecendo a confiança dos professores no uso das tecnologias e incentivando a criação de comunidades de prática entre as escolas participantes. No Chile, o Ministério da Educação do Chile disponibiliza livros didáticos para a disciplina de Tecnologia e os materiais incluem módulos interativos, textos explicativos, vídeos, além de atividades com foco em aprendizagem ativa. Para apoiar os docentes, cada material é acompanhado de um guia pedagógico, com orientações metodológicas e sugestões de avaliação que facilitam a aplicação do currículo em sala de aula. Além disso, iniciativas como a campanha Hora do Código popularizaram a programação entre crianças, com apoio de plataformas digitais.

O pioneiro Arkansas, no Estados Unidos, tornou a Computação obrigatória desde a pré-escola até o Ensino Médio – sendo requisito para a conclusão da Educação Básica. O Reino Unido criou a Computing Quality Framework (CQF), uma ferramenta gratuita que ajuda escolas a avaliar seu nível de implementação e orienta melhorias com materiais e formação. As instituições participantes recebem um certificado de progresso e podem ser organizadas em grupos com características ou desafios semelhantes, seja por localização geográfica ou necessidades pedagógicas. Esses agrupamentos favorecem a colaboração entre pares, o intercâmbio de boas práticas e o desenvolvimento conjunto. Durante um ano, cada escola do grupo recebe formação e suporte técnico direcionado, com foco na progressão no CQF. Para Carol Campos, diretora-executiva do Vozes da Educação, as experiências internacionais mostram que incluir a Computação de forma consistente nos currículos não é apenas possível, mas essencial para preparar melhor os estudantes. “O Brasil tem a oportunidade de aprender com esses exemplos e garantir que esse direito de aprendizagem seja uma realidade para todos”, conclui.  A pesquisa completa está disponível para download gratuito no site  https://www.fundacaotelefonicavivo.org.br/pesquisas-conteudos/curriculos-de-computacao-no-brasil-bncc/

Dídimo Effgen

Colunista

Diretor Geral da Dicape Representações e Serviços Ltda.

Diretor Geral da Dicape Representações e Serviços Ltda.