Cotidiano

Do parquinho à lua cheia: casamento havaiano celebra amor de infância na Curva da Jurema

Nathália e Matheus se conheceram aos 3 anos e, décadas depois, trocaram colares de flores em uma cerimônia havaiana

Natalia Devens e Matheus Loureiro se casaram na Curva da Jurema (Foto: Arquivo pessoal)
Natalia Devens e Matheus Loureiro se casaram na Curva da Jurema. Foto: Arquivo pessoal

Sabe aquele casal de namoradinhos que existe em todas as escolas? Aquele que nunca desgruda e desde a infância tem a certeza de que vai ficar junto? Esse é o caso de Natalia Devens Costa e Matheus Loureiro. Eles se casaram na Curva da Jurema, em Vitória, em uma cerimônia havaiana, com lua cheia sobre o mar e colares no lugar das alianças.

A escolha pelo casamento havaiano não veio por acaso. Matheus sempre gostou do filmeComo Se Fosse a Primeira Vez“, que se passa no Havaí, mas o motivo principal foi o envolvimento do casal com a canoa havaiana.

Matheus, 34 anos, é sócio e instrutor de canoa havaiana de um clube, a Tripe Canoa, na Praia da Guarderia, onde o casamento aconteceu. A jornalista, de 34 anos, também participa do clube e, juntos, eles decidiram que ali seria o lugar ideal para celebrar essa união.

Natalia Devens e Matheus Loureiro se casaram na Curva da Jurema (Foto: arquivo pessoal)
Natalia Devens e Matheus Loureiro se casaram na Curva da Jurema. Foto: Arquivo pessoal

A gente sempre gostou muito do mar, da praia, desse ambiente. Sempre sonhamos que, no nosso casamento, queríamos, em primeiro lugar, que fosse em um lugar aberto, ao ar livre, na natureza. E, em segundo, que tivesse o mar. A gente nunca se imaginou casando em um sítio ou em um campo, queríamos algum lugar com conexão ao mar.”

Natalia Devens, jornalista

Como o casal se conheceu?

Natalia Devens e Matheus Loureiro se casaram na Curva da Jurema (Foto: Arquivo pessoal)
Natalia Devens e Matheus Loureiro se casaram na Curva da Jurema (Foto: Arquivo pessoal)

Natalia e Matheus se conheceram muito cedo, tinham apenas 3 para 4 anos de idade. Ambos estudavam na mesma escolinha, em Jardim da Penha, e eram considerados “namoradinhos” pela turma e pelas professoras, que chegaram a chamar as mães para comentar o assunto.

Apesar de Matheus ter estudado apenas um ano na escola, a história ficou marcada na família, que brincava dizendo que os dois se encontravam no “túnel” do parquinho, chamado “Manilha”, para se beijar quando eram crianças.

Anos depois, por volta dos 13 anos, eles se reencontraram graças a uma amiga em comum. No início, nem perceberam que eram as mesmas crianças do passado. A mãe de Matheus foi quem reconheceu Natalia, lembrando do “namorico” infantil.

A amizade foi crescendo durante a adolescência, principalmente no ensino médio, quando passaram a ter o mesmo grupo de amigos.

Com 16 anos, começaram a “ficar” algumas vezes, mas só começaram a namorar oficialmente entre os 18 e 19 anos. O relacionamento durou sete anos, até que se separaram por cerca de dois anos e meio. Em 2020, voltaram a se relacionar e permanecem juntos desde então.

Cerimônia em estilo havaiano

O casamento aconteceu no dia 9 de agosto, data escolhida justamente por ser uma época de pouca chuva e por coincidir com a lua cheia, uma das grandes estrelas da cerimônia.

O formato seguiu referências havaianas, mas com adaptações do casal e da celebrante. No lugar da troca de alianças, houve a troca dos leis , colares de flores típicos.

Os noivos entraram juntos, acompanhados pela família, passando por um corredor formado por remos erguidos pelos convidados. Após os votos e a troca dos colares, teve início um luau no gramado.

A cerimônia foi totalmente organizada e produzida por nós, nossos amigos e familiares. Todo mundo ajudou desde a montagem até a desmontagem. Foi um casamento feito pela comunidade. Queríamos que tivesse esse senso de comunhão, como nas tribos polinésias, onde toda a comunidade se une para celebrar.

Natalia Devens

A festa contou com comidas preparadas por familiares: o bolo feito pela mãe de Matheus e uma mesa de comidas sem glúten preparada pela irmã dele.

A maioria dos presentes fazia parte do universo da canoa havaiana e já estava familiarizada com rituais coletivos, como o batismo de canoas. Por isso, a ideia foi muito bem recebida por todos.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

Produtora Web

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória