Para celebrar os 60 anos de vida, o empresário Cesar Saade transformou o aniversário em um desafio de superação: nadou 60 quilômetros de Vitória até Guarapari. Foram 18 horas no mar, com suporte de amigos e equipe médica, até ser recebido com festa pela família na Praia de Peracanga.

Cesinha, como é conhecido, contou que fez aniversário no dia 22 de setembro, mas não conseguiu realizar a travessia na data por causa das condições climáticas. À meia-noite do último sábado (4), ele preparou uma logística de suporte para realizar o trajeto a nado de forma segura.

Foto: arquivo pessoal.

Durante toda a travessia, um barco acompanhava o nadador, além de uma médica cardiologista e dois marinheiros experientes. Quatro amigos do empresário também acompanharam Cesinha e se revezavam, nadando junto com ele, enquanto um quinto amigo foi em um caiaque fornecendo água e alimentação.

“Eu não nadei sozinho. Sempre tinha uma pessoa do meu lado para me acompanhar e me incentivar”, contou o empresário.

Cesinha saiu à meia-noite da Praia da Guarderia, em Vitória, e chegou na Praia de Peracanga, em Guarapari, às 18 horas do domingo (5).

O empresário Cesar Saade nadou 60 km de Vitória a Guarapari. Fotos: arquivo pessoal.

“Na verdade, eu já sou experiente em maratona aquática e já fiz provas de até 40 quilômetros. Mas eu queria fazer uma coisa diferente no meu aniversário. Sessenta anos é uma data bem simbólica, né? Aí eu falei: quero nadar um quilômetro por ano de idade. Então eu comecei a analisar os trajetos. Achei que seria interessante sair da Praia da Guarderia, que é onde eu treino, e chegar até a Praia de Peracanga, que é onde eu passo o verão, pois eu tenho um apartamento lá”, explicou.

O nadador não saiu da água para nada durante as 18 horas. Ele comia e bebia dentro do mar. Com a ajuda de uma nutricionista, ele montou a estratégia de se alimentar a cada hora durante as primeiras nove horas. Nas últimas nove horas, em que o corpo já estava mais desgastado, a alimentação aconteceu a cada meia hora.

Mesmo após o maior desafio da sua vida, Cesinha garante que terminou a travessia sem lesões graves.

Não tive fadiga muscular nem apagão. Foi muito especial chegar e ver minha família me esperando com bolo e balões. Ainda confraternizamos e, no dia seguinte, era vida normal. Não tive nenhuma sequela, nenhuma consequência de tanto esforço.

Cesinha Saade

Para ele, o que fica é a sensação de realização. “É algo que você idealiza e corre atrás, mesmo com risco calculado e dúvidas se vai dar certo. E mesmo com toda essa preparação, sempre fica aquela dúvida: será que vai dar? Quando eu consegui e falei: deu tudo certo, eu consegui, depois de alcançar esse recorde pessoal de distância, ainda tive energia para confraternizar. Então, realmente, foi uma sensação de realização muito boa.”

Patricia Maciel

Repórter

Jornalista formada em 2011, com experiência nas principais empresas de comunicação do Espírito Santo. Também atuou como assessora de comunicação e social media.

Jornalista formada em 2011, com experiência nas principais empresas de comunicação do Espírito Santo. Também atuou como assessora de comunicação e social media.