Cotidiano

Entenda o destino do bebê deixado no hospital por mãe em situação de rua

A Prefeitura de Vitória informou que a mãe do bebê é monitorada por serviço de abordagem social, mas não aceita apoio para deixar as drogas

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mulher dá à luz na vila rubim
Mulher e o bebê foram levados ao hospital, mas ela se recusou a ficar e foi embora (Foto: Reprodução / Vídeo)

Uma mulher deu à luz a um bebê em uma rua da Vila Rubim, em Vitória, na madrugada desta quinta-feira (3). Após o parto, ela e a criança foram levados até a Santa Casa de Misericórdia, mas a mulher se recusou a ficar no hospital e foi embora sem o recém-nascido.

Após o abandono no hospital, muitas pessoas se perguntam o que acontece com a criança e para onde ela deve ser levada assim que deixar o hospital. Ele segue na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin).

De acordo com a Prefeitura de Vitória, a mãe é monitorada pelo Serviço Especializado em Abordagem Social, mas não aceita apoio para deixar as drogas.

O que diz a Justiça

O Conselho Tutelar foi acionado pelo hospital e segundo a conselheira Fabricia Xavier, após receber o acionamento, a missão passa ser encontrar um familiar do bebê.

“Após recebermos o relatório da maternidade, o serviço social realiza o atendimento ao familiar ou à família extensa, oferecendo orientações e fazendo o encaminhamento à Defensoria Pública, para que essa família possa solicitar a guarda do bebê”, disse.

Como a mãe do recém-nascido já é uma pessoa conhecida, o relatório vai primeiro para a Vara de Infância e Juventude de Vitória.

Veja o vídeo:

Segundo Lorena do Amaral, juíza da Vara de Infância e Juventude de Vitória, se o relatório for bem feito e específico, a criança pode ser entregue a um familiar próximo, que se apresentar na maternidade. Apesar disso, a permissão deve ser temporária.

“Se esse relatório for bem conclusivo, nós podemos até determinar que a maternidade entregue o bebê para um parente que se apresentar na própria maternidade, e colocando um termo de responsabilidade para esse familiar, ajuização de guarda, não muito longo”, relatou.

Ainda de acordo com ela, a adoção ainda não é prioridade no momento, mas a garantia de que o bebê terá estruturas básicas na casa do familiar com quem for viver.

*Com informações da repórter Gabriela Valdetaro, da TV Vitória/Record

Guilherme Lage, repórter do Folha Vitória
Guilherme Lage

Repórter

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.