Nas últimas décadas, o Espírito Santo consolidou a cultura de planejamentos estratégicos de longo prazo, com os planos ES 2025 e ES 2030, elaborados em 2006 e 2013, respectivamente. Foram planos estratégicos contemplados com contribuições de diferentes setores, visões e áreas de atuação da sociedade para estabelecer os desafios e rumos do Espírito Santo.
O ES 500 Anos é o terceiro plano de longo prazo do Estado e reafirma a convicção de que pensar o futuro com responsabilidade e participação social é fundamental para colher resultados concretos.
Nesse sentido, o Espírito Santo conquistou destaque nacional em áreas como educação, segurança pública, gestão fiscal, inovação e qualidade de vida. Esses avanços são frutos de uma gestão comprometida com o planejamento como base de uma política de Estado.
O ES 500 Anos é estruturado em cinco Missões Estratégicas e contempla um caminho estruturante, sustentável, inclusivo e inovador para o desenvolvimento do Espírito Santo, apresentando-se como uma verdadeira bússola para orientar decisões de gestores públicos, sociedade civil, setor produtivo e academia na próxima década. Muito mais do que um plano de governo, este é um Plano de Estado
Missões estratégicas do ES 500 anos
As Missões Estratégicas do ES 550 Anos servem com base para a inovação em políticas públicas, articulação intersetorial e ferramentas de orientação para investimentos públicos e privados, com objetivo de que o Espírito Santo se torne cada vez mais resiliente, inclusivo, competitivo e sustentável até 2035, atuando em setores como transição energética, inovação, infraestrutura, educação, saúde e bem-estar social.
Representam o ponto de convergência entre o diagnóstico e os possíveis resultados, com compromissos, com prazos estabelecidos e foco em resultados estruturantes.
O processo reuniu diferentes setores da sociedade e identificou as Missões Estratégicas prioritárias, que exigem intervenção articulada, para enfrentarem desafios de longo prazo, com planejamento baseado em evidências e cooperação entre o setor público, setor privado e sociedade.
Nesse sentido, resultando da integração de diversas análises, desde a compreensão do contexto estadual atual, o mapeamento de tendências externas e a definição de perspectivas futuras para 2035, foram destacadas cinco Missões Estratégicas, que respeitam os contextos das diversidades regionais, reconhecendo que os projetos de desenvolvimento devem ser pactuados com as comunidades e tendo como bases a inteligência coletiva e visão sistêmica.
A missão 1 está relacionada a economia diversificada, inovadora e sustentável, com ênfase na complexidade econômica de acordos internacionais e nacionais, competitividade em alto nível, necessidade de processos rápidos de inovação e desenvolvimento sustentável conectado ao meio ambiente.
A missão 2 contempla o polo de competências, voltado ao desenvolvimento de capital humano, com geração de conhecimento tácito e explícito e a preocupação com futuro do trabalho, num momento de necessidade transformação de habilidades para que se possa atender as novas demandas da era digital e de IA.
A missão 3 registra o cuidado integral com os cidadãos, fazendo-se valer do cuidado a saúde física e mental, da segurança pública e coesão social, por meio de políticas de melhoria de atendimento a família, redução de indicadores de crimes contra a vida e ao patrimônio e assistência social.
A missão 4 destaca a sustentabilidade e resiliência climática, diante de uma agenda global relacionado as questões ambientais, por meio da regeneratividade e resiliência dos territórios e biomas e transição para uma economia de baixo carbono, bem com uma política de adaptação às mudanças climáticas, tendo como escopo a redução de áreas de risco.
A missão 5 descreve Espírito Santo ágil e inteligente, com uma formatação digital e com o governo aberto, acompanhando as melhores práticas globais de IA, com ativação de serviços aos cidadãos, de forma mais eficiente e transparente.
De ângulos estratégicos a fatores críticos de sucesso
No documento do Plano ES 500 Anos foram citados nove ângulos estratégicos que são enquadramentos conceituais que explicam quais são as prioridades para o Espírito Santo e refletem os temas estratégicos de forma integrada e multidimensional, traduzindo o que deve ser prioridade para o Estado, conforme o que se deseja construir diante do entendimento do cenário atual e das tendências globais mapeadas, ou seja, um vetor de transformação do estado a partir dos ângulos integrados.
Considerando que esses nove ângulos estratégicos se apresentam, também, como instrumentos críticos para o atingimento dos resultados propostos, ou seja, são, na minha opinião, agentes de propagação e controle de desempenho, irei descrevê-los como fatores críticos de sucesso. São eles:
- Empreendedorismo, inovação e prosperidade regional inclusiva e sustentável
- Educação, competências e potencial humano
- Competitividade dos setores estratégicos estabelecidos
- Transição energética, caminho para a neutralidade climática
- Estado empreendedor e governança participativa
- Infraestrutura, mobilidade e logística resilientes, inteligentes e inclusivas
- Economia do bem-estar, segurança e a sociedade do cuidado
- Ecossistema de financiamento sustentável e investimento de impacto
- Regeneratividade de ecossistemas naturais
Considerando a adição desses elementos, também, na categoria fatores críticos de sucesso, creio que seja importante a inserção do décimo fator, a liderança do governador do Estado, dado que o plano é caracterizado pelo envolvimento do governador Renato Casagrande e, esse tipo de comprometimento faz total diferença na hora de se colocar em prática o que está escrito.
Considerações
O Espírito Santo há anos vem se destacando na condição de um Estado que aproveita as oportunidades e tem resiliência às ameaças, sejam elas de caráter político, econômico ou outro. Nesse sentido, o Espírito Santo apresenta um crescimento estruturado e um desenvolvimento estratégico.
“Esse novo plano nasce em um momento de amadurecimento e responsabilidade. O Espírito Santo é, hoje, um dos estados mais bem preparados do Brasil. Nossa gestão fiscal é reconhecida como a melhor do País.”, descreve o governador Renato Casagrande, que completa, “esses resultados não são frutos do acaso: são consequências de planejamento, trabalho contínuo e compromisso com o bem público.”
“O ES 500 Anos é um plano mais colaborativo, institucionalizado e comprometido com futuras gerações. Dois pilares tornam esse plano transformador. O primeiro é a governança estruturada em Lei e o segundo é a participação social ativa e inédita.”, registra Álvaro Duboc, secretário de economia e planejamento.
O ES 500 Anos é um projeto de sociedade, com missões que conectam planejamento e ação, técnica e propósito, metas e pactos e, reflete a importância de construção de um estado desenvolvido, por meio de uma bússola, que, obviamente, por intercorrências no meio da jornada estará girando o PDCA para as devidas correções e ajustes.
Trabalha e confia, sempre!