Em Vila Velha

Escola particular suspende aulas após 20 crianças passarem mal

Crianças apresentaram sintomas como vômito, diarreia e febre. Algumas tiveram que ser levadas para atendimento médico

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Pronto Atendimento da Glória, Vila Velha
Foto: Fabricio Lima/PMVV

Uma escola particular localizada no bairro Glória, em Vila Velha, suspendeu as aulas nesta sexta-feira (5) após cerca de 20 alunos, com idades entre 3 e 8 anos, apresentarem sintomas como vômito, diarreia e febre.

Algumas das crianças precisaram de atendimento no Pronto Atendimento (PA) da Glória e em hospitais particulares, mas todas já receberam alta.

Segundo a diretora da instituição, os primeiros casos surgiram ainda na tarde de quinta-feira (4). A escola comunicou imediatamente às famílias e orientou que os alunos fossem levados a unidades de saúde.

A direção também acionou a Vigilância Sanitária e suspendeu, por conta própria, as atividades desta sexta para receber os órgãos competentes e investigar a causa do surto.

Fechamos as portas por precaução, para garantir segurança às crianças e transparência às famílias. Nossa documentação está em dia, fizemos coleta de água, enviamos alimentos para análise e estamos colaborando com as investigações.

Diretora

A diretora explicou que cerca de 170 pessoas almoçaram na escola no dia em que os sintomas apareceram, mas duas crianças que também passaram mal não chegaram a se alimentar na instituição. O almoço foi servido para os alunos que estudam em tempo integral.

Isso mostra que ainda não sabemos a origem. Pode ser algo viral, pode ser alimentar. Nós também ouvimos relatos de famílias que já estavam com gastroenterite em casa. Por isso é importante esperar os resultados oficiais.

Diretora

Relatos de mães

Adriana Dornelas, mãe de uma das crianças que passou mal, disse em entrevista ao Folha Vitória que levou a filha de 8 anos ao hospital e a criança precisou de medicação na veia, mas se recuperou rápido.

Além disso, a mãe informou que a escola prestou todo apoio as famílias depois do acontecimento.

Foi uma fatalidade, essas coisas infelizmente acontecem. A escola suspendeu as aulas e nos deu apoio o tempo todo, perguntando como as crianças estavam. Minha filha já está bem.

Adriana Dornelas

Já Luana Gonçalves, mãe de outro aluno, relatou que o filho apresentou vômito ainda na escola, mas não precisou de atendimento médico.

Ele passou mal só uma vez e em casa ficou bem. A escola manteve contato para saber como ele estava. Foi assustador, mas foi pontual.

Luana Gonçalves

De acordo com a direção, o retorno das atividades está previsto para segunda-feira (8). Até o momento, não houve registro de novos casos.

Prefeitura de Vila Velha detalha investigação

Em nota, a Secretaria de Saúde de Vila Velha informou que a Vigilância Epidemiológica foi acionada às 16h19 de quinta-feira (4) pelo Hospital Praia da Costa, após a entrada de oito crianças com sintomas gastrointestinais. Os sintomas teriam começado por volta das 15h do mesmo dia.

Equipes foram ao hospital para entrevistar responsáveis e iniciar a investigação. Amostras de fezes foram coletadas e encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen).

Segundo a prefeitura, entre os alimentos consumidos no almoço e considerados suspeitos estão arroz, feijão, isca de frango, polenta, verduras, suco de maracujá e pão de queijo.

Além disso, quatro crianças da mesma escola foram atendidas no PA da Glória com sintomas leves de gastroenterite. Todas foram medicadas, orientadas a manter repouso e hidratação e liberadas.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que está acompanhando a evolução dos pacientes e, em caso de sintomas persistentes, novas amostras serão coletadas para análise.

A Vigilância Sanitária também realizou vistoria na escola e, junto à Vigilância Ambiental, coletou amostras da água utilizada, enviadas ao Lacen para investigação.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.