Hábitos que podem deixar suas unhas fracas e amareladas

Unhas fracas, quebradiças e com coloração amarelada são queixas frequentes entre homens e, especialmente, mulheres de diversas idades.

Apesar de muitas vezes encarado apenas como um problema estético, esse quadro pode indicar desequilíbrios nutricionais, exposição a substâncias agressivas ou até o reflexo de hábitos rotineiros prejudiciais à saúde das unhas.

Segundo informações publicadas pelo portal TV Foco, práticas simples como o uso excessivo de esmaltes escuros, carência de nutrientes ou o tabagismo estão entre os principais fatores que contribuem para alterações na estrutura e na aparência das unhas.

Nesta reportagem, você confere os hábitos que mais causam enfraquecimento e coloração anormal nas unhas, além de dicas práticas de prevenção e cuidados recomendados por especialistas.

DEFICIÊNCIA DE VITAMINAS E MINERAIS

Entre as causas mais comuns da fragilidade ungueal está a deficiência nutricional. Vitaminas do complexo B, como a biotina, e minerais como zinco, ferro e magnésio são essenciais para manter a integridade da queratina – proteína que compõe as unhas.

Quando há carência desses nutrientes, é comum observar unhas finas, que se dobram com facilidade, apresentam manchas ou descamações. Em alguns casos, a descoloração também pode estar associada a falta de ferro (anemia), tornando a lâmina ungueal pálida ou amarelada.

A recomendação dos profissionais da área da saúde é manter uma alimentação balanceada, rica em vegetais, frutas, oleaginosas e fontes de proteína. A suplementação vitamínica pode ser indicada mediante exames laboratoriais que identifiquem a deficiência.

USO FREQUENTE DE ESMALTES ESCUROS

O uso contínuo de esmaltes, especialmente os de cores intensas como vermelho, bordô, preto e laranja, pode provocar pigmentação da superfície da unha. Esse efeito é resultado da penetração de corantes na camada superficial da lâmina ungueal, provocando o amarelamento mesmo após a remoção do esmalte.

Embora a coloração amarelada seja reversível na maioria dos casos, a exposição prolongada e sem intervalos pode enfraquecer as unhas. Isso acontece porque a cobertura constante impede a oxigenação da unha e interfere no seu processo natural de crescimento e regeneração.

Os especialistas indicam realizar pausas regulares entre as aplicações, permitindo que as unhas “respirem”. Além disso, o uso de bases protetoras incolores antes da aplicação do esmalte é uma prática eficaz para evitar a absorção de pigmentos.

CONTATO EXCESSIVO COM ÁGUA

A exposição contínua à água, principalmente com detergentes e produtos de limpeza, afeta a hidratação natural das unhas e da pele ao redor. Isso acontece porque o contato prolongado elimina a oleosidade protetora, ressecando a região e tornando a unha mais propensa a rachaduras.

Profissionais da área de estética recomendam que se evite imersões longas, especialmente em água quente, que agrava ainda mais o ressecamento. Para quem realiza tarefas domésticas com frequência, o uso de luvas de borracha com forro de algodão é altamente indicado, protegendo contra produtos químicos e o atrito direto.

TABAGISMO E NICOTINA

O hábito de fumar impacta diretamente na saúde das unhas. A nicotina presente no cigarro pode se depositar nas unhas e nos dedos, causando uma coloração amarelada, especialmente nas extremidades. Além disso, o tabagismo compromete a circulação periférica, o que reduz o aporte de oxigênio e nutrientes essenciais à matriz ungueal.

Com o tempo, essa condição pode afetar o crescimento das unhas e levar a deformidades, além de aumentar a fragilidade da pele ao redor. Especialistas reforçam que, além dos inúmeros riscos sistêmicos à saúde, o cigarro também compromete aspectos visuais como unhas, dentes e pele.

Parar de fumar não apenas reverte gradativamente os efeitos nas unhas, como melhora o aspecto geral do organismo e reduz riscos cardiovasculares e respiratórios.

FALTA DE HIDRATAÇÃO E CUIDADOS DIÁRIOS

Assim como a pele, as unhas precisam de hidratação regular. O uso de cremes com ureia, manteiga de karité, óleo de amêndoas e outros ativos nutritivos pode prevenir ressecamento e rachaduras. Hidratar as cutículas também ajuda a proteger a matriz da unha, que é responsável por seu crescimento.

Além da hidratação, é importante manter uma rotina de cuidados, como lixar no sentido único (para evitar que lasquem), não retirar toda a cutícula (que atua como uma barreira de proteção) e evitar roer as unhas, hábito que pode introduzir fungos e bactérias.

EXCESSO DE ACETONA E REMOVEDORES DE ESMALTE

Produtos removedores, especialmente os que contêm acetona, têm alto poder de desidratação. Seu uso frequente pode enfraquecer as unhas, causar descamação e deixar a superfície opaca. A acetona retira a camada lipídica natural da unha, responsável por sua proteção.

Atualmente, existem no mercado versões sem acetona, com agentes hidratantes e ação mais suave. Priorizar esses produtos e limitar seu uso a no máximo duas vezes por semana é uma das formas de preservar a integridade das unhas.

DICA EXTRA: PROTEÇÃO APÓS FAZER AS UNHAS

Após pintar ou fazer as unhas, recomenda-se evitar o contato com água nas primeiras 12 horas. Isso porque o esmalte ainda está em processo de fixação completa e pode perder aderência com a umidade, comprometendo sua durabilidade e aparência.

Para garantir maior resistência ao esmalte, a dica é usar sempre uma base fortalecedora antes da cor e um top coat após a pintura. Além disso, manter as mãos protegidas com luvas em tarefas domésticas é essencial.

UNHAS COMO INDICADORAS DE SAÚDE

Alterações na coloração, espessura ou formato das unhas também podem indicar condições médicas. Unhas muito curvas, linhas escuras, descolamento da base ou surgimento de sulcos podem sinalizar desde psoríase até distúrbios da tireoide ou infecções fúngicas.

Por isso, ao notar alterações persistentes ou associadas a dor, coceira ou secreção, é indicado procurar um dermatologista. O diagnóstico precoce pode prevenir complicações maiores e garantir um tratamento eficaz.

O QUE COMER PARA FORTALECER AS UNHAS

Alimentos ricos em proteínas e nutrientes antioxidantes são os mais recomendados. Veja alguns exemplos:

• Ovos: ricos em biotina e proteínas, ajudam no crescimento;
• Espinafre e couve: contêm ferro e vitamina C;
• Peixes como salmão: fonte de ômega-3, fortalecem unhas e cabelos;
• Castanha-do-pará: ricas em selênio, mineral essencial para a formação da queratina;
• Cenoura: contém betacaroteno, que ajuda na regeneração celular.

Esses alimentos devem fazer parte de uma dieta equilibrada, que inclui também a ingestão adequada de água.