Para quem acompanha apostas na 365scores e mapeia tendências regulatórias, a Holanda acaba de acender um sinal claro: a Kansspelautoriteit (KSA) confirmou um pacote de mudanças para o ciclo de renovação de licenças que começa em 2026, incluindo a exigência de um “plano de saída” (exit plan) descrevendo como a operadora deixaria o mercado caso perca a autorização.
Segundo a iGB, a regra vale para novos entrantes e para quem busca renovar a licença, alinhando o processo à expiração do primeiro bloco de permissões concedidas em 2021, que terminam em outubro de 2026.
A imprensa especializada também registrou que as alterações entram em vigor em 1º de janeiro de 2026, preparando o terreno para o período de relicenciamento.
O que muda em 2026
O eixo da reforma é previsibilidade e governança. Além do exit plan, as operadoras terão de apresentar documentação de compliance mais robusta e processos mais claros de gestão de risco, com o objetivo de padronizar critérios e facilitar a supervisão durante as renovações. Fontes como SBC Eurasia, Gaming Intelligence e Yogonet relatam que a KSA quer um dossiê comprobatório mais consistente, incluindo trilhas de auditoria e protocolos para descontinuidade ordenada de serviços.
Esse aperto vem na sequência de um diagnóstico incômodo: a própria KSA identificou falhas e inconsistências nas análises de risco feitas pelos operadores — avaliações divergentes para os mesmos jogos e classificações pouco comparáveis entre empresas.
Impacto para operadores — e aprendizados para outros mercados
Na prática, a Holanda quer reduzir assimetrias e preservar a estabilidade do ecossistema quando as primeiras licenças de cinco anos vencerem. Para o operador, o recado é pragmático: revisar a matriz de risco no nível de jogo (não só por categoria), organizar evidências auditáveis de mitigação de danos e preparar um plano de saída que assegure continuidade de serviços essenciais ao consumidor em caso de deslistagem.
As publicações citadas indicam que a KSA pretende usar o exit plan como instrumento de resiliência regulatória — uma “apólice” contra descontinuidades abruptas.
Para quem acompanha o setor fora da Holanda, há lições aplicáveis. Primeiro, renovação não é mera formalidade: requer governança de dados, compliance financeiro e documentação pronta para escrutínio. Segundo, a consistência metodológica em análise de risco deixou de ser diferencial e virou requisito — tema que a KSA colocou no centro do debate ao expor falhas do modelo atual.
No curto prazo, a linha do tempo é conhecida: regras novas em 1º de janeiro de 2026; licenças emitidas em 2021 expiram em outubro do mesmo ano; e todo o mercado será testado quanto à capacidade de comprovar conformidade, proteger o jogador e, se necessário, sair de forma ordenada. Relatórios desenham esse roteiro e apontam um padrão que pode inspirar outras jurisdições na hora de equilibrar competição, proteção e integridade.