Economia

IPCA registra primeira deflação mensal desde agosto do ano passado

IPCA, o índice oficial que mede a inflação, no mês passado ficou em -0,11%, com efeito direto do pagamento do bônus de Itaipu, que reduziu as contas de luz

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Prédio do Banco Central: No ano, IPCA acumula alta de 3,15% . Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%. Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Prédio do Banco Central: No ano, IPCA acumula alta de 3,15% . Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%. Crédito: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de agosto ficou em -0,11%. O percentual é 0,37 ponto abaixo da taxa de 0,26%, de julho. É a primeira deflação mensal desde agosto do ano passado.

No ano, o IPCA acumula alta de 3,15%. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,13%, abaixo dos 5,23% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em agosto de 2024, a variação foi de -0,02%. O índice é um dos fatores usados pelo Banco Central para definir a taxa básica de juros do país.

De acordo com o IBGE, no mês passado, cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados vieram com variação negativa. Entre eles, destacam-se os três de maior peso no índice: Habitação(-0,90%), Alimentação e Bebidas (-0,46%) e Transportes (-0,27%). Nesse sentido, no lado das altas, as variações ficaram entre o 0,75% de Educação e o 0,40% de Despesas Pessoais.

No caso do grupo Habitação, a queda registrada no mês significa o menor resultado para um mês de agosto desde o início do Plano Real. E essa queda teve contribuição decisiva da energia elétrica residencial. Nesse sentido, registrou queda de 4,21% em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de agosto.

“Ressalta-se que, em agosto, estava em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2. Do mesmo modo isso adiciona R$ 7,87 na conta e luz a cada 100 Kwh consumidos, disse o IBGE.