A auxiliar de sala Sara Peisino comemorou o avanço da cicatrização do pezinho do pequeno José, queimado por um algodão aquecido poucas horas após nascer dentro do hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra.
Em uma rede social, a mãe mostrou a perninha do bebê, de onde foi retirada pele para fazer o enxerto no pezinho.
“Aproveitar que o gato tá mamando, então ele fica quietinho, para mostrar para vocês, ó, a perninha dele, 100% cicatrizada, graças a Deus. Aí a tendência é essa marquinha sumir mais, porque ele vai crescer e vai esticar”, explicou Sara.
Ao mostrar o pezinho, já bem cicatrizado, a mãe comemorou a evolução, mas revelou que será necessário novo procedimento cirúrgico para liberar os movimentos do dedo mínimo, que ficou repuxado.

“O pezinho tá ótimo também, ó, graças a Deus. Cem por cento fechadinho. A única coisa que provavelmente vai precisar de procedimento ainda é esse dedinho mindinho, tá vendo? Repuxou quando cicatrizou. Provavelmente vai ter que dar um piquezinho nessa pelezinha ali, ó, pra liberar o movimento dele, porque ele tá caidinho.”
Mesmo com a necessidade de uma nova cirurgia, Sara celebra a evolução, pois reconhece que a cicatrização foi um sucesso. “O doutor disse que poderia ter repuxado todos os dedos e até a planta do pé dele poderia ter diminuído, repuxado. E não foi o caso, graças a Deus. Aí, isso aí vai resolver, em nome de Jesus”, comemorou.
Entenda o caso
José nasceu no dia 19 de agosto no Hospital Jayme dos Santos Neves. Após o parto, o bebê apresentou temperatura corporal abaixo do ideal (36,2 ºC) e foi colocado em uma incubadora.
De acordo com a família, a técnica de enfermagem teria usado um algodão aquecido de forma irregular — encostado na lâmina da incubadora — antes de colocá-lo dentro da meia do bebê. O procedimento resultou em queimaduras graves no pé esquerdo do recém-nascido. Após a identificação da lesão, o bebê foi transferido para o Hospital Infantil de Vitória.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) determinou o afastamento dos profissionais envolvidos no caso e, posteriormente, anunciou a demissão da profissional. Posteriormente, ela foi indiciada por lesão corporal culposa, que é quando não há intenção de praticar o crime.
O Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) informou, na ocasião, que a técnica relatada pela família não faz parte dos protocolos da Enfermagem. A profissional responde a um processo administrativo na instituição, que segue em sigilo.
A técnica de enfermagem, de 34 anos, foi indiciada por lesão corporal culposa, que é quando não há intenção de produzir o resultado do crime.