Cotidiano

Manicure do ES viraliza ao “cortar” unha de cliente que não pagou

A manicure afirma que a cliente, de 17 anos, fez as unhas e alegou que o serviço seria pago pelo pai, o que nunca aconteceu

Leitura: 4 Minutos
Manicure do ES viraliza ao "estragar" unha de cliente (Foto: arquivo pessoal)
Manicure do ES viraliza ao "estragar" unha de cliente (Foto: arquivo pessoal)

Calote? Aqui não! Uma forma inusitada de tratamento uma cliente que não paga pelo serviço fez com que a manicure Ana Paula de Oliveira, de 21 anos, do município de Piúma, Sul do Espírito Santo, viralizasse nas redes sociais.

O vídeo, publicado de maneira despretensiosa por meio do TikTok da profissional, já acumula mais de 8 milhões de visualizações, 658 mil curtidas e mais de 38 mil compartilhamentos nas redes sociais.

Durante a publicação, a manicure afirma que a cliente, de 17 anos, fez as unhas e afirmou que o serviço seria pago pelo pai. Entretanto, o pagamento nunca foi realizado.

No vídeo, Ana Paula também descreve que a cliente possivelmente também deixou outros clientes de Piúma no prejuízo com os calotes. “Fui pesquisar e ela deve Deus e o mundo em Piúma. Achei uma doida que faz isso aqui”.

Veja o vídeo que viralizou:

A manicure contou que sua agenda é fechada apenas para clientes fixas, mas que, ao estender o horário de trabalho, atendeu a menina às 8h de uma segunda-feira. Após concluir o serviço, por volta de 9h30, a cliente pediu para ligar para o pai, que não atendeu.

Como aconteceu

Ainda segundo Ana Paula, o tempo foi passando até que, perto do meio-dia, ela precisou fechar o salão para almoçar e combinou que o pagamento fosse feito por Pix. Mais tarde, a cliente disse que o pai havia gasto o dinheiro e prometeu pagar no dia seguinte, “em espécie”.

O prazo passou e nem o dinheiro nem a transferência foi feito. Ao comentar o caso com amigas da área, Ana Paula descobriu que pelo menos sete outras manicures já haviam reclamado da mesma cliente, que usaria sempre a mesma desculpa.

Naquela noite, a profissional foi até a loja do pai da jovem, que fica próxima ao salão, e percebeu que estava bloqueada no telefone dele.

Levando o celular para gravar a conversa, ela cobrou o valor devido, R$ 150, e descobriu outra situação envolvendo a adolescente: cerca de 20 dias antes, a jovem havia deixado um celular para conserto em uma loja, pago R$ 150 de entrada e nunca buscado o aparelho. Depois, teria tentado pedir o dinheiro de volta para pagar o serviço de manicure, mesmo com o celular já pronto.

Ela estava mentindo, dizendo que estava em casa e não podia trazer o dinheiro. No dia, foi até a loja de telefone exigir que o dono pagasse a ela. Quando eu soube disso, fui até lá, cortei a unha dela e pedi para o dono da loja gravar.

Ana Paula de Oliveira

Repercussão do caso:

Ana Paula de Oliveira, manicure de Piúma (Foto: arquivo pessoal)
Ana Paula de Oliveira, manicure de Piúma (Foto: arquivo pessoal)

Apesar da polêmica, Ana Paula afirma que já possuía a agenda cheia e que o episódio não trouxe novas clientes para o salão, mas ampliou consideravelmente o alcance de suas publicações. O aumento nas visualizações das lives e conteúdos foi significativo, e ela considera isso algo positivo.

Para evitar se afetar com críticas, prefere não ler todos os comentários e não responder às mensagens negativas, acreditando que quem se destaca sempre será alvo de julgamentos.

E eu gostei, gosto porque eu gosto de postar a minha vida inteira, eu gosto de fazer live ensinando a fazer unha para poder ajudar quem quer realmente começar e eu gosto de ter esses meus fãs junto comigo.

Ana Paula de Oliveira

Hoje, com transmissões diárias, orienta iniciantes sobre técnicas e boas práticas, transformando uma situação de calote em oportunidade de aprendizado e divulgação do próprio trabalho. Para ela, o episódio serviu não apenas como alerta, mas também como uma vitrine para mostrar seu trabalho.

Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

Produtora Web

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória