
O que prometia ser o início de férias paradisíacas em Cancún acabou em retorno inesperado para os 332 passageiros de um voo da British Airways. Pouco após a decolagem em Londres, um cheiro estranho — comparado a “meias mofadas” — invadiu a cabine do Boeing 777-200, obrigando os pilotos a abrir a janela do cockpit e retornar ao aeroporto de Gatwick, nos arredores da capital britânica.
O voo BA2203 tinha acabado de decolar para o que deveria ser um voo de rotina de 10 horas até o aeroporto de Cancún (CUN). Mas ainda na subida, aos 11.000 pés, os pilotos foram tomados pelo forte odor na cabine e declararam emergência. O avião deu voltas, em padrão de espera, até despejarem parte do combustível para alcançar o peso máximo permitido para um pouso seguro e retornou ao terminal de origem.
De acordo com reportagem do PIOK, os pilotos relataram ao controle de tráfego aéreo que havia “fumaça” na cabine e no cockpit e que os passageiros relataram um cheiro semelhante ao de “meias velhas e mofadas” que os estava deixando enjoados e tontos. Esse tipo de odor é conhecido na indústria da aviação como uma indicação de que o ar interno da aeronave tenha sido contaminado com óleo do motor ou hidráulico.
No caso do voo 2203 da British Airways, operado pelo Boeing 777-200 matrícula (G-YMME), os pilotos imediatamente colocaram suas máscaras especiais de oxigênio para que o odor não os fizesse sentir enjoados antes de descer para 9.000 pés e circular sobre o Canal da Mancha para o alijamento de combustível.
Os Boeing 777 têm janelas em ambos os lados da cabine que podem ser abertas por manivela. Normalmente, elas só ficam abertas quando o avião está no solo, mas também podem ser abertas em voos de baixa altitude, como nesta ocorrência pouco ortodoxa.
Em um comunicado, a British Airways informou que “a aeronave pousou em segurança em Gatwick após os pilotos identificarem um problema técnico. Os passageiros desembarcaram normalmente e pedimos desculpas pela interrupção de seus planos de viagem.”
*Com informações do parceiro R7