Uma menina, de 2 anos, foi atacada por cerca de dez cães no bairro Maria Ortiz, em Vitória, na última sexta-feira (5). A criança estava acompanhada do avô e do irmão quando os animais surgiram repentinamente e a cercaram.
O avô e o irmão tentaram proteger a menina do ataque, mas sofreu ferimentos pelo corpo e precisou de atendimento médico. Agora, a criança se recupera em casa e faz uso de medicação.
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Segundo a mãe, que pediu para não se identificar, o caso não foi registrado em boletim de ocorrência porque a prioridade foi cuidar da filha, que estava muito abalada após o incidente.
Minha filha já teve assistência médica, mas não tivemos ajuda nem resposta de nenhum dono dos animais. Na verdade, não sabemos quem são os donos, pois ninguém se manifestou. Fomos atrás, mas não tivemos retorno, relatou.
De acordo com informações repassadas à família, os cães teriam sido recolhidos, castrados e devolvidos ao bairro pela própria prefeitura, por não haver local adequado para mantê-los. Moradores afirmam que uma pessoa da região alimenta os animais, mas não se considera responsável por eles.
Moradores relatam outros ataques
O ataque sofrido pela menina de 2 anos não teria sido o único registrado na região de Maria Ortiz. Segundo moradores, já ocorreram pelo menos dez ocorrências. Outras crianças também já foram atacadas.
A rua onde os ataques ocorrem é bastante movimentada, próxima à Escola Maria Ortiz e também faz parte do trajeto de estudantes de uma faculdade.
“Esse já é o quarto ou quinto caso envolvendo crianças. É muito perigoso, porque é uma passagem obrigatória para quem estuda na escola e na faculdade”, destacou a mãe.
Apesar da criança já estar em casa, a família teme novos ataques e cobra providências das autoridades. “O maior problema é que os animais continuam lá. A gente não sabe se amanhã pode ser outra criança ou qualquer pessoa que passe por ali”, desabafou a mãe.
Nota prefeitura de Vitória
Em nota, a Secretaria de Meio Ambiente de Vitória (Semmam) informou que tomou ciência do caso na noite deste domingo (7) e afirma que os animais foram castrados por protetores voluntários.
“A Gerência de Bem-Estar Estar libera as guias para que os próprios protetores que atuam na região os façam as castrações e a posterior devolução ao ambiente”, explicou.
Já a Secretaria de Saúde de Vitória (Semus) orientou que, em casos de agressão, a vítima precisa procurar a Unidade de Saúde mais próxima para que seja realizada a profilaxia da raiva.
Nesses casos, a equipe do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) também é acionada até o local para fazer a observação clinica do animal, sob risco de raiva, no período de 10 dias após a agressão, conforme protocolo do Ministério da Saúde.
Equipe de Jornalismo
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