
Bares e restaurantes do Espírito Santo vieram a público para reforçar a procedência e a segurança das bebidas servidas aos clientes. Os comunicados foram divulgados após a repercussão nacional dos casos de intoxicação por bebidas adulteradas com metanol em São Paulo e, mais recentemente, da prisão de um jovem de 24 anos em Cachoeiro de Itapemirim, flagrado vendendo produtos falsificados comprados de fornecedores paulistas.
Com receio de queda no movimento, alguns estabelecimentos já publicaram comunicados em suas redes sociais afirmando que os produtos possuem nota fiscal, selo de autenticidade e lacres de segurança e reforçaram que todos os insumos e bebidas são comprados de fornecedores oficiais.
O Sindicato dos Bares e Restaurantes do Espírito Santo (Sindibares) também se manifestou junto à Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-ES) e informou ter se reunido com o Procon-ES para reforçar que o setor adota práticas rigorosas de compra e comercialização.
É preciso ficar atento a fake news sobre o assunto, que só buscam espalhar pânico e prejudicar empreendedores. Não há casos registrados no Espírito Santo.
Sindibares
Além disso, o sindicato anunciou a oferta de treinamentos online, gratuitos e com certificado, voltados a donos de bares e restaurantes. O objetivo é capacitar os empreendedores para identificar bebidas falsificadas e diferenciá-las de produtos autênticos.
O Sindibares reforça que os consumidores devem sempre verificar a procedência dos produtos e confiar em estabelecimentos regulamentados. “A segurança dos clientes é prioridade absoluta para o setor”, conclui a entidade.
Rodrigo Miguel Vervloet, presidente do Sindibares, afirmou que a instituição está atenta a todas as atualizações sobre os casos de metanol.
Estivemos no Procon para reafirmar todas as práticas rígidas às quais somos submetidos, tanto na compra quanto no armazenamento de produtos alimentícios e bebidas. É bom registrar que não há nenhuma suspeita aqui no estado do Espírito Santo. A gente aconselha a população a buscar estabelecimentos formais e, claro, sempre desconfiar de estabelecimentos informais que cobram preços muito baratos.
Rodrigo Miguel Vervloet, presidente do Sindibares
Veja alguns dos pronunciamentos dos bares da Grande Vitória:
O Bar Biritas, em Jardim da Penha, informou que mantém transparência com os clientes, disponibilizando notas fiscais mensais de aquisição de destilados e declarações oficiais de fornecedores.
O Barlavento ressaltou, em comunicado, que todas as bebidas são adquiridas de fabricantes homologados e que o estabelecimento preza pelo bem-estar dos clientes.
Já o Motor Rockers, na Praia do Canto, destacou que todos os insumos e bebidas são comprados de fornecedores oficiais, mantendo transparência com o público.
O Bistrô Saldanha ressaltou que segue padrões rigorosos de fiscalização e tem como objetivo proporcionar bons momentos de lazer aos clientes.
Já o bar do Gil reforçou que a fiscalização abrange tanto as bebidas quanto os alimentos servidos no local.
A Selva, localizada no Centro de Vitória, também se manifestou e informou que no estabelecimento, o consumidor tem a garantia de um produto original com rastreabilidade e confiança.
Alerta ao consumidor
A Polícia Civil reforçou que a população deve desconfiar de bebidas vendidas a preços muito abaixo do mercado. O delegado Rômulo Carvalho Neto destacou que produtos adulterados apresentam risco grave à saúde:
O suspeito confessou que comprava bebidas sem nota fiscal em São Paulo e revendia mesmo sabendo da origem duvidosa, devido ao baixo custo. Ele mesmo admitiu que a demanda era alta.
Rômulo Carvalho Neto, delegado
O homem foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória de Cachoeiro e vai responder por falsificação de produtos destinados ao consumo humano, crime com pena prevista de 4 a 8 anos de prisão.
Para os consumidores, a recomendação é clara: priorizar estabelecimentos formais, verificar selos de autenticidade e exigir nota fiscal.