Foto: Odair Leal/Secom
Foto: Odair Leal/Secom

O bebê que apresentou sinais vitais e foi retirado chorando do próprio caixão minutos antes do enterro, morreu na madrugada deste domingo (26), na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança, em Rio Branco, no Acre.

A informação foi confirmada por meio de nota emitida pela Secretaria de Estado de Saúde do Acre. Segundo o órgão, a morte foi registrada às 23h15 em decorrência de um quadro de choque séptico e sepse neonatal.

Inicialmente, de acordo com relatos da imprensa local, uma funerária particular chegou a buscar o corpo para sepultamento. Antes do enterro, uma parente pediu para abrir o caixão e percebeu que o bebê estava vivo e chorando.

Segundo a Secretaria de Saúde, o parto foi normal e ocorreu na Maternidade Bárbara Heliodora. Após o nascimento, o bebê não apresentou sinais vitais e todos os protocolos de reanimação foram seguidos pela equipe médica. O óbito foi constatado e comunicado à família.

Cerca de 12 horas depois, já fora da unidade, familiares perceberam que o bebê respirava e chorava. Ele foi levado de volta à maternidade, onde recebeu atendimento emergencial e foi colocado em incubadora, com suporte ventilatório e monitoramento contínuo.

Devido à prematuridade extrema do bebê, a transferência para outra unidade não chegou a ser cogitada pela equipe médica, diante do alto risco de agravamento do quadro.

Secretaria de Estado de Saúde do Acre

O órgão também destacou que, “neste momento de imensa dor, expressamos nossa solidariedade e respeito à mãe, ao pai e a todos os familiares, desejando que encontrem conforto e acolhimento diante dessa perda irreparável”.

Conselho de Medicina do Acre vai apurar caso

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Acre (CRM-AC) informou que acompanha com atenção os fatos relatados pela imprensa envolvendo a Maternidade Bárbara Heliodora.

O CRM-AC comunica que será instaurada sindicância para apuração dos fatos, com o objetivo de verificar as circunstâncias do ocorrido e eventuais responsabilidades, dentro dos parâmetros legais e éticos que regem o exercício da medicina.

A autarquia ressalta ainda que as sindicâncias e processos em trâmite correm em sigilo processual, conforme previsto no Código de Processo Ético-Profissional do Conselho Federal de Medicina.

O CRM-AC reafirma seu compromisso com a ética médica e com a proteção da vida, assegurando que todos os procedimentos necessários serão conduzidos com rigor e imparcialidade.

Conselho Regional de Medicina do Estado do Acre (CRM-AC)
Repórter do Folha Vitória, Maria Clara de Mello Leitão
Maria Clara Leitão

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário Faesa e, desde 2022, atua no jornal online Folha Vitória

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