O final de Death Stranding 2: explicamos TUDO

Death Stranding 2: On the Beach não é apenas um dos maiores jogos de 2025; é um evento narrativo criado pela mente de Hideo Kojima.

A sequência aprofunda os dilemas existenciais e a complexa mitologia do primeiro jogo, entregando uma conclusão repleta de simbolismos, reviravoltas e momentos de grande impacto emocional.

Se você não se importa com spoilers e deseja desvendar os mistérios finais da jornada de Sam Porter Bridges, está no lugar certo.

Atenção Máxima: A matéria a seguir detalha todas as revelações e o final de Death Stranding 2: On the Beach. Prossiga por sua conta e risco.

O Ponto de Partida: Um Mundo Conectado, Mas Não Salvo

Onze meses após os eventos do primeiro jogo, o mundo vive uma paz frágil. A UCA está conectada pela rede quiral, mas a humanidade foi substituída. A organização BRIDGES deu lugar ao APAS, um sistema de entregas automatizado por robôs que tornou obsoletos os portadores humanos como Sam. Nesse cenário, surgem os “portões de placas”, portais transcontinentais que abrem caminho para uma nova fronteira: a Austrália.

Sam vive recluso com sua filha adotiva, Lou, mas é forçado a voltar à ativa quando uma série de eventos catastróficos, incluindo BTs mais agressivos e mechs fantasmas, ameaça a estabilidade global.

A missão culmina em uma tragédia pessoal: Lou é dada como morta após um ataque, e Sam, devastado, parte para a Austrália em uma jornada de luto e vingança, apenas para descobrir que o destino de sua filha é muito mais complexo do que ele imaginava. Para entender a fundo as motivações de cada figura, é essencial conhecer os personagens de Death Stranding 2.

As Grandes Revelações do Ato Final

O clímax de Death Stranding 2 é uma avalanche de revelações que recontextualizam toda a franquia, fiel ao estilo de Kojima de amarrar pontas soltas de forma surpreendente.

• O Retorno de Higgs e a Ameaça do “Last Stranding”: O grande antagonista do primeiro jogo, Higgs, retorna, revivido e aprimorado por uma IA renegada, a APAS 4000. Seu objetivo é causar o “Last Stranding”, um evento de extinção total. Ele sequestra Lou, agora uma jovem misteriosa chamada Tomorrow, para usar seus poderes e acelerar o apocalipse.
• A Verdade Sobre Lou / Tomorrow: A maior reviravolta do jogo. Lou não morreu. Após um acidente, ela cresceu aceleradamente na Praia (o mundo dos mortos) e retornou como “Tomorrow”. Mais chocante ainda: ela é a filha biológica de Sam com sua falecida esposa, Lucy. Esta revelação é o coração emocional do jogo e aprofunda o significado por trás do nome Death Stranding, ligando o destino do mundo ao de uma única família.
• O Sacrifício Final de Fragile: A líder da Drawbridge, que já vivia em um estado entre a vida e a morte, faz seu sacrifício definitivo. No clímax, para garantir a segurança de Lou e o sucesso de Sam, ela se despede e desaparece para sempre, em um dos momentos mais emocionantes da narrativa.
• A Batalha Final: O confronto entre Sam e Higgs é um espetáculo puramente Kojima. A luta se desenrola em múltiplos estágios, alternando entre duelos de espadas, combate corpo a corpo e até uma bizarra batalha de guitarras elétricas. Com a ajuda dos poderes de Tomorrow, Sam finalmente derrota seu nêmesis de forma definitiva.

Ao final, após a vitória, Lou/Tomorrow recupera suas memórias e se reconcilia com Sam, que finalmente entende a profundidade de seu laço com a garota que ele criou.

A Cena Pós-Créditos: Um Novo Começo

Death Stranding 2 possui um final único e fixo, mas suas duas cenas pós-créditos abrem portas para o futuro.

Na primeira cena, vemos Tomorrow, agora mais velha, assumindo o manto de seu pai. Ela se torna uma nova portadora, carregando o antigo pod de BB como uma lembrança e caminhando em direção a um “plate gate”, pronta para iniciar sua própria jornada para conectar o mundo.

A segunda cena é mais sutil e simbólica. O pod de BB, antes um recipiente para um bebê, agora está cheio de maçãs vermelhas frescas e vibrantes. As maçãs representam a vida, e sua condição perfeita indica que Tomorrow aprendeu a controlar seus poderes de aceleração temporal, transformando uma ferramenta de extinção em um símbolo de esperança para a humanidade.