Pais e mães capixabas fazem cabelo maluco e mochila maluca
Maria Alice, filha da Lízzie Almeida, com visual todo maluco. Foto: Arquivo pessoal

Cabelo maluco, mochila maluca, meia maluca… Tendência que tem se tornado cada vez mais forte Brasil a fora, o “Dia Maluco” já é uma realidade nas escolas do Espírito Santo. A prática nada mais é do que abusar da criatividade para montar um visual diferenciado e divertido para os pequenos.

A brincadeira criada para celebrar o Dia das Crianças virou febre nas redes sociais e já ganhou os corredores escolares e as salas de aulas do ES. O que começou com o cabelo maluco, ganhou variações e se expandiu para o look maluco completo.

Agora, além do penteado criativo, os responsáveis precisam explorar a criatividade para fazer mochilas, roupas e meias diferenciadas. Com isso, pais e mães capixabas têm quebrado a cabeça para conseguir surpreender e entregar o melhor visual para os filhos.

Lízzie Almeida, mãe da Maria Alice, de 2 anos, conta que a missão de participar da brincadeira foi “uma loucura”. A escola em que a filha estuda teve programação do Dia Maluco com tudo maluco, da cabeça aos pés.

Eu e o pai dela ficamos acordados até depois da meia-noite confeccionando a mochila, mas sem dúvidas foi uma alegria enorme. Foi uma correria fazer o cabelo, colar os laços na meia, encher balões, correr na papelaria para comprar material. A verdade é que no dia maluco quem fica maluco mesmo são os pais.”

Lízzie Almeida, mãe de Maria Alice
Maria Alice, filha da Lízzie Almeida, no Dia Maluco
Maria Alice com visual maluco e mochila inspirada no filme “UP: altas aventuras”. Foto: Arquivo pessoal

Assim como Lízzie, Natália Zancanella, mãe de Vicente, de 3 anos, também embarcou na loucura. Ela conta que ficou “maluca”, desde que começou a procurar ideias até a confecção do visual do menino.

Natália reconhece que não tem o dom das artes, mas correu atrás de inspirações na internet e, depois, dos materiais, para transformar a ideia em realidade. E contou com a ajuda mais que especial do Vicente para montar uma pista de carrinhos no cabelo.

Vicente adorou, quis ajudar. Ele escolheu os carrinhos que ia botar, pintou a faixa da pista, tortinho, do jeito dele, mas pintou. Foi todo bobo com a pista na cabeça dele, quase caindo.”

Natália Zancanella, mãe de Vicente
Cabelo maluco do Vicente, filho da Natalia Zancanella
Cabelo e mochila maluca do Vicente, inspirado nos carrinhos da HotWheels. Foto: Arquivo pessoal

Cabelo maluco é momento de conexão de pais e filhos

O momento de criar e montar o cabelo, mochila ou meia maluca é um momento especial de conexão entre os pais e os filhos. A atividade serve como um escape da rotina e cria memórias marcantes nas famílias.

É o caso da Luciana Pimenta, que se desdobrou entre trabalho e a filha Heloá, de 3 anos, para ter um momento mãe e filha e montar cabelo e mochila malucos especiais para a menina.

É um tipo de brincadeira diferente que a creche manda para os pais, que ajuda a ter um relacionamento melhor com os filhos. Quando surgiu a ideia do cabelo maluco, eu falei: ‘tenho que me virar para ter um tempo para brincar e fazer uma coisa diferente com ela’.”

Luciana Pimenta, mãe de Heloá

Crianças se divertem com Dia Maluco

Segundo a professora de educação infantil Kleyti Rodrigues, esse é o dia mais esperado pelas crianças. Durante a semana das crianças, a loucura toma conta da rotina da escola e os alunos comentam ansiosos sobre qual cabelo querem fazer.

No CMEI em que Kleyti trabalha, as famílias puderam escolher entre fazer cabelo, mochila ou meia maluca, mas muitos pais optaram por fazer o visual completo. Ela conta que viu cabelos como frango na brasa, pista de carro, castelo da Rapunzel, varal com roupas, pote de pipocas etc.

Muitas famílias abraçam esse dia e investem com prazer para realizar o desejo das crianças. As crianças chegaram muito animadas e orgulhosas com o cabelo que as famílias fizeram.”

Kleyti Rodrigues, professora

Apesar da loucura, Lízzie relata que vale a pena cada esforço ao ver o sorriso e o brilho no olhar da filha.

“O melhor é que ela ficou tão animada que levou a mochila de casa até a escola nas costas e chegou correndo, toda alegre, para mostrar o cabelo, a mochila, o vestido e a meia maluca para a professora e os colegas. O sorriso e a animação dela compensaram todo o esforço e dedicação que tivemos”, disse.

Para ela, a gincana ainda ajuda tantos os pais quanto os filhos a deixarem as telas e ter um momento especial em família, que vai ficar na memória das crianças.

Pais e mães se empolgam com a brincadeira

Mas se engana quem pensa que a empolgação fica só por conta das crianças. Segundo Natália, a expectativa dela para que o cabelo ficasse perfeito foi maior até do que a do próprio Vicente.

“As mães colocam a expectativa lá no alto. A criança, mesmo se você só pintar de azul, já acha maravilhoso e vai felizona. Mas para a mãe, tem que ficar de tal jeito”, disse.

O Dia Maluco era um sonho para Lízzie desde o dia em que descobriu a gravidez. Agora, ela não vê a hora de entrar novamente na “loucura” no próximo ano. “Já estou empolgada para o ano que vem e, claro, procurando novas inspirações”, conta.

A expectativa também é grande para Luciana, que já começou a procurar novas ideias para o Dia das Crianças em 2026. “Estou ansiosa e já vendo ideias para o próximo ano”, brinca.

*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos

Enzo Bicalho, estagiário do Folha Vitória
Enzo Bicalho Assis*

Estagiário

Cursando Jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

Cursando Jornalismo na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).