Cotidiano

Pastor mirim Miguel Oliveira volta aos cultos e desafia orientações do Conselho Tutelar

Adolescente de 15 anos estava afastado das pregações, mas retomou atividades religiosas e voltou a publicar vídeos nas redes sociais

Pastor mirim (Foto/reprodução: Instagram)
Pastor mirim (Foto/reprodução: Instagram)

Miguel Oliveira, conhecido como o “pastor mirim” nas redes sociais, voltou a participar de cultos na noite da última quinta-feira (26). O adolescente, de 15 anos, estava afastado das pregações há algumas semanas por recomendação do Conselho Tutelar de Carapicuíba (SP).

Miguel publicou um vídeo em que aparece pregando. A postagem alcançou mais de 130 mil visualizações em poucas horas. Na legenda, escreveu: “Segurei o choro quando vi teu altar, Senhor. Fiz dele meu refúgio e meu abrigo”.

Apesar das orientações do Conselho Tutelar, que havia proibido o adolescente de gravar vídeos durante cultos, ele voltou a divulgar imagens de suas pregações.

O pastor mirim também voltou a criticar o Conselho Tutelar em publicações recentes. Em tom agressivo, escreveu:

E aí, Conselho Tutelar? Virou moda? Já tentaram me tirar do altar, agora querem impedir o sonho de uma criança. Vocês não têm o que fazer e querem mostrar serviço ao governo. São canalhas. Vai lá no morro caçar os meninos que estão traficando, raça de bandidos!.

Entenda a história

Em maio, os pais de Miguel foram advertidos oficialmente pelo Conselho Tutelar. O órgão recomendou que o adolescente fosse afastado temporariamente da exposição nas redes sociais e alertou que, caso a recomendação fosse desrespeitada, os responsáveis poderiam ser afastados da guarda do filho.

O Ministério Público e o Conselho Tutelar investigam possíveis episódios de violência psicológica envolvendo Miguel, que passou a ser alvo de ataques e ameaças nas redes após o crescimento de sua popularidade. Ele tem mais de 1 milhão de seguidores e vem sendo acusado por internautas de charlatanismo.

Em uma reunião com os pais do adolescente, o Conselho reiterou que, embora Miguel tenha o direito de exercer sua , a divulgação da imagem dele deve ser suspensa por tempo indeterminado para resguardar sua integridade emocional. Caso a determinação seja desrespeitada, os pais poderão responder legalmente por negligência ou exposição indevida.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.