Cotidiano

Professora tem mal súbito e morre durante reunião em colégio

Silvaneide Monteiro Andrade, de 56 anos, dava aulas de Português. Sindicato fez alerta e iniciou entre os professores uma "greve de plataformas"

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Professora tem mal súbito e morre durante reunião em colégio

A professora Silvaneide Monteiro Andrade, de 56 anos, morreu após sofrer um mal súbito durante uma reunião no Colégio Estadual Jayme Canet, no bairro Xaxim, em Curitiba (PR). Ela era docente de língua portuguesa na unidade, que funciona sob o modelo de colégio cívico-militar.

De acordo com a APP-Sindicato, Silvaneide foi chamada ao meio-dia para uma reunião com pedagogas, diretores e representantes do Núcleo Regional de Educação. O encontro, na sexta-feira (30), tinha como objetivo discutir metas relacionadas à plataforma de redação utilizada pela escola.

Durante a conversa, a professora desmaiou dentro da sala da equipe pedagógica. As primeiras informações indicam que ela teria sofrido um infarto fulminante. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas Silvaneide não resistiu.

Ela era contratada por meio do Processo Seletivo Simplificado (PSS), regime comum na rede estadual. Silvaneide deixa marido e uma filha. O sepultamento da professora foi realizado no sábado (31).

Sindicato faz críticas ao cumprimento de metas

A APP-Sindicato lamentou a morte da professora e afirmou que o caso acende um alerta sobre o ambiente de trabalho nas escolas públicas do Paraná. Segundo o sindicato, Silvaneide teria sido cobrada sobre o cumprimento das metas com o uso das plataformas.

Em função disso, a entidade, nesta segunda (2), iniciou uma “greve de plataformas”, pedindo que na “Semana de Plataforma Zero, (os professores não devem) utilizar as plataformas entre os dias 2 e 6 de junho, como forma de protesto contra as condições de trabalho e as metas absurdas impostas pela Seed”.

Em nota a Secretaria de Estado da Educação (Seed-PR) declarou que lamenta a morte da professora e que a equipe escolar acionou imediatamente o Samu, mas, infelizmente, a profissional veio a óbito.

A secretaria acrescenta que “encaminhou uma equipe de apoio psicológico à escola para oferecer suporte a estudantes, professores e servidores. A comunidade escolar está de luto. A Polícia Científica do Paraná vai investigar as circunstâncias. Qualquer informação sobre as causas da morte antes da conclusão do laudo é temerária.”

Na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputados protocolaram um pedido formal à Secretaria da Educação cobrando esclarecimentos sobre a morte da professora e também sobre as denúncias de pressão imposta sobre os profissionais da educação.

Com informações do Portal Metrópoles e do site Brasil de Fato.

Carlos Raul Rodrigues, estagiário do Folha Vitória
Raul Rodrigues *

Estagiário

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e atua como estagiário no Jornal Folha Vitória

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e atua como estagiário no Jornal Folha Vitória