Foto: Sejus
Foto: Sejus

O projeto de equoterapia desenvolvido na Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes), em Viana, ganhou reforço com a chegada de três novos cavalos da raça manga larga: Harmonia, Trovão e Canário.

Os animais foram doados e já se juntaram aos veteranos Prometeu e Boneca nas sessões de terapia. Com a ampliação, o número de atendimentos mensais deve saltar de 344 para 416, totalizando quase cinco mil atendimentos por ano.

O método terapêutico é oferecido a crianças atendidas pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Viana.

Segundo a diretora da unidade, Leizielle Marçal Dionízio, a chegada dos novos animais “amplifica a capacidade terapêutica do projeto” e também fortalece a rotina de trabalho dos internos.

Cavalos abandonados são cuidados em presídio

Criado em 2014, o projeto já foi premiado internacionalmente e é considerado uma via de mão dupla: beneficia as crianças e idosos que recebem o tratamento, mas também contribui para a ressocialização dos internos e dá nova vida a cavalos que, muitas vezes, estavam abandonados em vias públicas.

Atualmente, 15 presos participam das atividades, cuidando dos cavalos e da estrutura da pista de equoterapia.

A equoterapia é um método terapêutico que usa cavalos para estimular o desenvolvimento da mente e do corpo. O projeto funciona desde 2014 na cadeia e já foi premiado internacionalmente.

Em Viana, animais que estavam abandonados passam a dar sentido ao dia a dia de todos que passam por eles: os presidiários, as crianças e os idosos. 

Presos fazem curso de qualificação 

Durante as ações realizadas no presídio para integrar o projeto de equoterapia, os internos passam por treinamentos e curso de qualificação. 

Dentre os cursos estão: doma, rédea, selagem, montaria e tratador. Todos ministrados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

Com essa qualificação dos apenados, temos presos que são qualificados e já foram contratados para realizarem o trabalho pela Apae.”

Leizielle Marçal Dionízio, diretora da unidade prisional

De acordo com ela, os detentos também são qualificados e instruídos para ajudar a tratar os cavalos. 

*Texto sob a supervisão da editora Erika Santos

Carlos Raul Rodrigues, estagiário do Folha Vitória
Raul Rodrigues

Repórter

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025. Atualmente atua como Produtor dos Jornais Cidade Alerta ES e do Jornal da TV Vitória e Repórter no Jornal Online Folha Vitória.

Jornalista em formação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), atuou como estagiário no Jornal Folha Vitória entre 2023 e 2025. Atualmente atua como Produtor dos Jornais Cidade Alerta ES e do Jornal da TV Vitória e Repórter no Jornal Online Folha Vitória.