Ocupação Vila Esperança

Reintegração de posse: aluguel social será pago para 493 famílias

Valor de R$ 3,6 mil será pago pelo governo do Estado, Prefeitura de Vila Velha e pela empresa dona da área. Veja quem tem direito e como conseguir

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Famílias na ocupação Vila Esperança (Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória)
Famílias na ocupação Vila Esperança (Foto: Thiago Soares/ Folha Vitória)

O governo do Espírito Santo e a Prefeitura de Vila Velha vão custear aluguel social de unidades habitacionais para até 493 famílias das comunidades Vila Esperança e Vale da Conquista, na região de Jabaeté. A comunidade passou por reintegração de posse na manhã desta terça-feira (9).

Segundo o poder público, serão beneficiadas apenas as famílias que se enquadrem nos critérios socioeconômicos do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) e da política municipal de assistência social. O aluguel social será pago durante três meses.

O pagamento do aluguel está sendo organizado pelo Estado, pelo município e pela empresa proprietária do terreno. O custo estimado é de aproximadamente R$ 1,8 milhão, sendo R$ 1,3 milhão do Estado, R$ 300 mil da empresa e R$ 222,2 mil da prefeitura. Dividido entre as famílias, o valor chega a cerca de R$ 3,6 mil por beneficiário. Anteriormente esse aluguel era de R$ 2,2 mil.

Além do recurso financeiro, a empresa responsável pelo terreno disponibiliza veículos para transporte de móveis e eletrônicos para municípios da Grande Vitória ou para local de guarda provisória, além de espaço para armazenamento por até 21 dias, sob sua responsabilidade.

Para ter acesso ao auxílio, as famílias devem passar pelo atendimento social que está sendo realizado pela Prefeitura de Vila Velha na estrutura montada próxima à área. O serviço está funcionando desde quinta-feira (4), das 8h às 17h, no Projeto Tons de Amora, na Avenida Líbano, 26, ao lado da Unidade Municipal de Educação Infantil (UMEI) Hélida Figueiredo Milagres.

Decisão judicial

A reintegração de posse das áreas foi determinada pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) em 20 de agosto de 2025, reconhecendo que os terrenos são particulares e atendendo a ações judiciais movidas pelos proprietários em 2017 e 2019. A desocupação foi conduzida pela Polícia Militar.

Durante a reintegração de posse, alguns moradores incendiaram as próprias casas em ato contrário à decisão da Justiça.

Leiri Santana, repórter do Folha Vitória
Leiri Santana

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.

Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.