
O SEST SENAT (Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte) lançou duas novas iniciativas voltadas à inclusão no setor de transporte: o Manual de Boas Práticas de Acessibilidade e a oferta de cursos EaD com tradução em Libras. Os anúncios ocorreram durante o evento “Rota da Acessibilidade: do acesso à participação plena”, realizado na sede do Sistema Transporte, em Brasília, na quarta-feira (22).
O manual foi elaborado para orientar profissionais do Sistema Transporte e empresas do setor sobre a aplicação da Política de Acessibilidade. O documento apresenta conceitos sobre deficiência e capacitismo, orientações de linguagem inclusiva, princípios de desenho universal e recomendações para atendimento acessível. O material também traz orientações práticas sobre comunicação e convivência, com foco no respeito à autonomia das pessoas com deficiência.
Inclusão e Acessibilidade no Transporte
A segunda medida anunciada é a inclusão de tradução em Libras nos cursos especializados oferecidos na plataforma EaD do SEST SENAT, ampliando o acesso à qualificação profissional de motoristas surdos ou com deficiência auditiva. As formações, de 16 a 50 horas, abrangem áreas como transporte coletivo, escolar, de produtos perigosos e de cargas indivisíveis. A oferta online busca garantir igualdade de aprendizado e ampliar a empregabilidade no setor, dependendo da regulamentação de cada Detran.
Durante o evento, foram apresentadas metas para 2025, incluindo o atendimento a mais de 1.400 pessoas com deficiência, capacitação contínua de colaboradores, lançamento de um currículo inclusivo, feiras de empregabilidade e adequações nas unidades do SEST SENAT.
Segundo o diretor adjunto nacional do SEST SENAT, Vinicius Ladeira, as ações representam um avanço na consolidação da acessibilidade no transporte. A diretora executiva da CNT, Fernanda Rezende, destacou que a iniciativa busca assegurar igualdade de condições para usuários e trabalhadores. Também participaram representantes do ITL, do governo federal e do Comitê Paralímpico Brasileiro, que reforçaram a importância do transporte acessível para a inclusão social, profissional e esportiva.