Cotidiano

Torcida de Medicina da Ufes é barrada de campeonato após gritos homofóbicos

Caso aconteceu contra aluno de time rival durante os Jogos Capixabas de Medicina (JCM); torcida teve participação vetada

Torcida de Medicina da Ufes é barrada de campeonato após gritos homofóbicos Torcida de Medicina da Ufes é barrada de campeonato após gritos homofóbicos Torcida de Medicina da Ufes é barrada de campeonato após gritos homofóbicos Torcida de Medicina da Ufes é barrada de campeonato após gritos homofóbicos
Foto: Reprodução/Instagram @chapola.medufes
Foto: Reprodução/Instagram @chapola.medufes

Durante os Jogos Capixabas de Medicina (JCM), a torcida da Atlética de Medicina da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) foi acusada de homofobia e discriminação contra um atleta do time rival. Com as denúncias, a torcida foi vetada de participar dos jogos até o fim do campeonato, no último dia 25.

A organização do evento informou que as ofensas aconteceram por alguns dos torcedores durante uma partida de handebol, no dia 17, contra um jogador de uma faculdade de Cachoeiro de Itapemirim.

Em entrevista ao Folha Vitória, Vagner Loppes, um dos organizadores do evento, explicou que os ataques foram direcionados a um jogador e durou ao longo da partida.

Uma estudante estava com um megafone e começou a chamar o rapaz de ‘viadinho‘, de ‘gordo‘. Como ele usava a camisa 13, começaram a chamá-lo de ’13 toneladas’. Ela puxou esse grito e ficou nisso durante todo o jogo, uns 40 minutos. Quando notamos aquilo, paramos a competição.”

Em nota publicada pela organização do evento, é explicitado que o ato discriminatório não foi realizado pela torcida inteira, somente por alguns alunos.

“Esclarecemos que tais condutas não representam a totalidade da torcida nem tampouco a instituição acadêmica, tratando-se de um episódio pontual que não condiz com o espírito que orienta os Jogos Capixabas de Medicina”, diz o texto.

A organização ainda informa que “adotou prontamente medidas firmes para apuração dos fatos e responsabilização dos envolvidos”.

O que diz a Atlética de Medicina da Ufes

Pelas redes sociais, o perfil da Atlética de Medicina da Ufes também se manifestou repudiando as atitudes discriminatórias, classificando o caso como lamentável, e informando que as ações não condizem com os princípios que regem o esporte, tampouco com os valores da atlética.

“Nos solidarizamos com a pessoa ofendida e reiteramos nosso compromisso inegociável com a luta contra qualquer forma de discriminação. Tomaremos medidas a fim de evitar a reincidência desse tipo de conduta, com seriedade e responsabilidade”.

A reportagem tentou contato com a vítima das discriminações, mas não teve retorno. O espaço segue aberto.

Carol Poleze, repórter do Folha Vitória
Carol Poleze

Repórter

Jornalista pela Universidade Vila Velha (UVV) e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Passou por veículos nacionais como Broadcast/Agência Estado, Estadão e BandNews FM. Atua como repórter do Folha Vitória desde 2023.

Jornalista pela Universidade Vila Velha (UVV) e mestranda em Comunicação e Territorialidades pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Passou por veículos nacionais como Broadcast/Agência Estado, Estadão e BandNews FM. Atua como repórter do Folha Vitória desde 2023.

Guilherme Lage, repórter do Folha Vitória
Guilherme Lage

Repórter

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.

Formado em Jornalismo, é repórter do Folha Vitória desde 2023. Amante de música e cinema.