Cotidiano

Xuxa mostra resultado do transplante capilar: entenda quando é necessário

Xuxa fez transplante capilar após diagnóstico de alopecia. Saiba quando o procedimento é indicado

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(Foto: Reprodução/TV GLOBO)
(Foto: Reprodução/TV GLOBO)

Após seis meses de seu transplante capilar, a apresentadora e atriz Xuxa Meneghel, 62 anos, apareceu com seus novos fios durante um evento na última quarta-feira (3). A artista foi diagnosticada com alopecia e optou pelo procedimento.

Mas Xuxa não está sozinha e a solução tem atraído cada vez mais pessoas. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Cirurgia da Restauração Capilar (ABCRC), mais de 6.000 procedimentos foram realizados no país em 2022.

Conversamos com uma especialista para saber o que é o transplante e quando ele se torna necessário.

Queda de cabelo é natural?

A queda de cabelo é natural, perdemos, em média, até 100 fios por dia. Mas, segundo Carolina Molina Gamallo, médica tricologista, quando essa queda se torna intensa, constante ou começa a afetar sua autoestima, é hora de buscar ajuda especializada.

É importante observar os sinais do seu couro cabeludo e não ignorar quando as mudanças começam a incomodar. O tratamento precoce pode fazer toda a diferença

Carolina Molina Gamallo, médica tricologista

Muita gente associa a calvície aos homens, mas ela também atinge mulheres, geralmente de forma mais lenta, com afinamento progressivo dos fios, diminuição do volume do rabo de cavalo e alargamento da risca central, principalmente por fatores genéticos. E o impacto na autoestima costuma ser ainda maior.

Em uma entrevista, pouco depois do transplante, Xuxa falou sobre a importância de abordar o assunto, principalmente no caso das mulheres. “Mulher tem medo ou tem vergonha de falar, ou acha que não deveria… Eu queria falar para muitas mulheres terem coragem e vontade de fazer [transplante], porque a alopecia existe”, disse.

Como saber se chegou a hora do transplante?

Fique atento a alguns sinais:

1- Aparência de entradas ou rarefação na “coroinha”: se você nota falhas ou áreas com menos volume, principalmente nas regiões frontal e superior da cabeça, pode ser sinal de calvície.

2- Afinamento progressivo dos fios: mesmo que os fios não estejam caindo em grande quantidade, a perda de densidade e espessura afeta a estética capilar.

3- Histórico familiar de calvície: a genética é um dos fatores mais determinantes, tanto para homens quanto para mulheres.

4- Tratamentos sem resultados eficazes: quando a perda já é avançada, o transplante pode ser o melhor caminho.

5- Queda de autoestima: se o espelho se tornou motivo de insegurança ou insatisfação, é hora de buscar soluções.

Existe algo que substitua o transplante capilar?

Segundo Carolina, atualmente, o transplante é a única técnica capaz de recuperar fios perdidos em áreas onde os folículos já estão inativos ou mortos, “devolvendo o crescimento natural e definitivo dos cabelos.”

Entretanto, há tratamentos complementares e preventivos que ajudam nos estágios iniciais da calvície ou como manutenção após o transplante:

  • Minoxidil e finasterida: medicamentos que reduzem a queda e fortalecem os fios existentes.
  • Terapias com laser, MMP ou PRP: bioestimulação para ativar folículos ainda viáveis.
  • Micropigmentação capilar: solução estética que simula fios raspados.
  • Suplementação e cuidados dermatológicos: para melhorar a saúde capilar como um todo.

Dra. Carolina destaca ainda: “Se os folículos já não estão mais ativos, nenhum tratamento clínico conseguirá restaurar o crescimento de fios naquela região. Por isso, o transplante capilar, especialmente com a técnica FUE (Extração de Unidade Folicular), continua sendo a solução mais eficaz e duradoura.”

Aline Gomes

Repórter

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.

Jornalista pela Universidade Federal de Viçosa e estudante de Publicidade e Propaganda na Unopar, atuou como head de copywriting, social media, assessora de comunicação e analista de marketing. Atua no Folha Vitória como Editora de Saúde desde maio de 2025.