Entretenimento e Cultura

Alunos sobem ao palco em julho em evento da Academia do Rock

Rock Hour trará seis bandas formadas por alunos e professores da escola

Alunos sobem ao palco em julho em evento da Academia do Rock Alunos sobem ao palco em julho em evento da Academia do Rock Alunos sobem ao palco em julho em evento da Academia do Rock Alunos sobem ao palco em julho em evento da Academia do Rock
Foto: reprodução/site oficial

O rock n’ roll sempre teve espaço no Espírito Santo. O Estado foi responsável por criar uma pujante cena musical, que se estende dos anos 60 até os dias de hoje. Nos anos 1990, o hardcore capixaba despontou para o Brasil com bandas como Dead Fish e Mukeka di Rato, sacramentando cenário capixaba para o mercado nacional.

Acontece que este gênero musical não pode viver apenas de saudosismo e passado, atualmente há uma cena forte de bandas em todo o Estado, além de escolas especializadas para ensinar o ritmo. É o caso da Academia do Rock, que prepara o evento Rock Hour, que acontece em julho. 

O evento reunirá os alunos da escola em seis bandas, que subirão ao palco pela primeira vez para encarar a adrenalina de se apresentar em público. 

E engana-se quem pensa que só os jovens estão empolgados para o show: a escola conta com 60 alunos, com idades que variam de cinco a 80 anos, afinal, música não tem idade. 

>> Quer receber nossas notícias 100% gratuitas? Participe da nossa comunidade no WhatsApp ou entre no nosso canal do Telegram!

Quem está empolgada para subir ao palco é a artista plástica aposentada Maria da Penha Lyrio Coutinho, de 54 anos. Fiel soldado do exército do Kiss há décadas, depois da aposentadoria, decidiu empunhar as baquetas e seguir os passos do ídolo Eric Singer, que foi baterista da lendária banda de Detroit nos anos 1980. 

“Fui professora de artes plásticas, hoje aposentada, vi na Academia do Rock a possibilidade de aprender um instrumento, me desafiar e ao mesmo tempo me manter ativa”, explica. 

Atualmente, Penha é aluna de bateria. Além das aulas, ela conta que treina diariamente em casa. “Ganhei uma bateria eletrônica do meu marido e agora ela tem serventia! Repasso as músicas que aprendo diariamente”, contou. 

A expectativa para o show é forte e Penha mal pode esperar para dar início aos ensaios junto aos colegas de turma. Ela lembra o caráter democrático da música e do rock n’ roll e pretende aproveitar ao máximo. 

“Assim que começarem os ensaios, estarei lá. Vou participar e mostrar que o rock é vida. Que a música nos traz alegria, seja você uma criança ou uma professora aposentada. Acredito que todas as pessoas merecem passar pela experiência de tocar sua música preferida”. 

Esse caráter inclusivo e de trabalho em equipe é muito importante para a formação dos alunos da escola, como explica o franqueado Augusto Adrião, que acredita que o gênero musical ganha novos admiradores a cada dia. 

“Notamos essa força do estilo com o público variado que atendemos. Hoje tenho alunos que fazem musicalização infantil a alunos de 70 anos, que pelo modo único das aulas e metodologia própria da academia, se identificam”, afirmou. 

Quem está matriculado na Academia do Rock pode aprender a tocar guitarra, violão, baixo, teclado, piano, gaita de boca e também a cantar. Além disso, a escola oferece musicalização para crianças. 

 “Acreditamos que aprender a tocar música quando realmente se gosta do estilo é um grande incentivo”, comenta Augusto. 

Muitos alunos se matriculam pensando em montar uma banda, outros utilizam a música com forma de trabalhar a saúde mental e o estresse”, pontuou Augusto. 

“Passando algumas aulas, os alunos percebem que com o método próprio de ensino, diferente do que é trabalhado nas escolas tradicionais de música, eles aprendem a trabalhar em equipe, assumir responsabilidades, aceitar desafios tudo isso com muita criatividade e trabalhando a autoestima”, disse. 

Leia Também: Produtora cultural do ES relembra evento com Rita Lee em 1991