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'Amor fora da lei' narra história de amores intensos

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São Paulo – Podiam-se ouvir os comentários no final da sessão de Amor Fora da Lei, sábado, 12, à noite, no Frei Caneca. Uma espectadora reclamava da fotografia, ‘muito escura’, outro, da interpretação dos atores, dizendo que Casey Affleck e Rooney Mara sussurram o texto como se estivessem morrendo. E uma terceira voz sentenciou – o filme é ‘chatinho’. Pode ser que esses espectadores não estejam, afinal, errados. A fotografia é escura, mas Amor Acima da Lei recebeu o prêmio da categoria no Sundance Festival de 2013. Pois ela é funcional, e serve ao clima que o diretor Dick Lowery pretende criar, e o mesmo se pode dizer dos atores. Daí a o filme ser chatinho vai depender de cada um.

Começa com um letreiro – ‘This was in Texas’, Foi no Texas… Nos anos 1970, Casey Affleck arrasta Rooney Mara a uma vida de crimes. Acuados, ela troca tiros com a polícia, atinge um agente, mas ele assume a culpa e vai preso. Forma-se o que não deixa de ser um triângulo e, talvez, um quadrilátero. Casey, o irmão mais jovem de Ben Affleck, foge da prisão e parte ao encontro da mulher e da filha (que não conhece). O policial baleado aproxima-se de Rooney. E há o velho Keith Carradine, que, na ausência de Casey, assume a proteção de Rooney e da menina.

Outro letreiro informa no fim – ‘Ain’t them Body Saints’, Não eram santos, e esse é o título original, rebatizado no Brasil como Amor Fora da Lei. É uma história de amores intensos, roubados, traídos – desencontrados. Casey sonha reencontrar a mulher, ela o ama, mas quer fugir de tudo, porque sabe que a filha será sempre caçada, e o policial, Ben Foster, está disposto a assumir essa família, pela qual Keith Carradine também está disposto a matar. Keith, só para lembrar, fez grandes filmes de Robert Altman, incluindo Thieves Like Us, Renegados Até a Última Rajada, que era o Bonnie & Clyde do diretor, história com a qual Amor Fora da Lei tem certa similaridade.

Os atores sussurram, sim, a fotografia é escura, sim. Mas tudo isso, mais que estilo, é ferramenta para contar uma história sobre gente que tenta, sem muito sucesso, juntar seus pedaços diante da câmera. Apesar dos cacoetes da produção ‘indie’, o filme destila uma emoção genuína.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.