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Aparecida Ramos coloca Guarapari em versos

A cidade serviu de inspiração para a Teóloga, escritora e poetisa, que, atualmente, divide o tempo como diretora administrativa da Editora CIDARTS.

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Aparecida Ramos coloca Guarapari em versos
Entre as obras da escritora, estão dois poemas e um romance inspirados em Guarapari.

Seria leviano dizer que Aparecida Ramos se tornou escritora por acaso. Foi por dom, talento. Mas, de certo, foi o destino que a fez publicar poemas que apenas escrevia e guardava. Em 1982, incentivada pelo marido, começou a trajetória literária da poetisa. “Ele encontrou e pediu uma pessoa que datilografasse e eu organizei. Com tudo em mãos fizemos um livro, ‘Mulher, incrivelmente mulher’, que distribuímos em várias bibliotecas do Brasil”, lembrou Aparecida contando que a publicação foi lançada na Biblioteca Pública Estadual de Niterói, durante as comemorações dos 50 anos da instituição. “Foi uma emoção tão grande”, completou.

Aparecida nasceu no Rio de Janeiro, mas é capixaba de coração. Nessa geografia, Guarapari ocupa um lugar especial. O poema “Paraíso dos Poetas” foi escrito em homenagem a cidade e ultrapassou as barreiras do estado e chegando ao 3º Festival Recifense de Literatura, no espaço Passárgada, em Recife. O escrito foi lido e exposto no Shopping da capital pernambucana durante a ‘Exposição Cantos e Recantos da Minha Terra’ e está no livro ‘No miolo da abóbora’, publicado em 2001.

Guarapari fez mais pela escritora. Entre as poesias e as crônicas que fazem parte das obras que ela escreveu, estão dois romances e, um deles, “O Sol da Meia-noite” foi baseado em uma personagem real, vista e observada por ela durante um passeio na Praia do Morro. “Tudo que eu vejo, gravo, minha memória é fotográfica e isso me move. Os registros que consigo fazer de cada momento abastecem a minha mente e as minhas palavras. Aquela mulher, que causou estranheza para muitos, foi um gatilho para a minha imaginação”, contou.

Nove livros compõem o acervo de publicações de Aparecida Ramos, onde se acrescenta três especiais em homenagem a escritoras capixabas e brasileiras – Antologias de Escritoras Capixabas; A poesia Espírito-Santense no Século XX e II Antologia dos Poetas Vivos –, que ela faz parte. Além de outras duas produções em fase de finalização.

Aparecida sempre se identificou com a escrita, desde o período escolar, com talento reconhecido pelos colegas, inclusive. Participou de vários projetos do segmento, de eventos da área e à frente de iniciativas culturais, mostrando todo amor e dedicação pela literatura. “Participar da VIII Bienal Internacional do Livro e do IV Congresso Nacional de Escritores, ambos em Pernambuco, foi inesquecível. Palestrar enquanto palavras minhas são contempladas é algo indescritível”, destacou.

Vale ressaltar que, assim como aconteceu na primeira obra, a escritora continua doando os livros que não são vendidos para bibliotecas de todo o Brasil.