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APCA divulga sua lista dos melhores trabalhos de 2014

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São Paulo – A minissérie Amores Roubados, da TV Globo, o filme Praia do Futuro, de Karim Aïnouz, o novo livro de Chico Buarque, O Irmão Alemão (Companhia das Letras), e o programa Estadão Noite, da Rádio Estadão são alguns dos melhores trabalhos culturais do ano na opinião dos críticos da Associação Paulista de Críticos de Arte, a APCA. Uma reunião com mais de 50 profissionais, na noite desta segunda-feira, 1, em São Paulo, determinou a lista dos destaques nas seguintes categorias: arquitetura, artes visuais, cinema, dança, literatura, música popular, rádio, teatro, teatro infantil e televisão – neste ano, não houve votação para música clássica.

Um sertão nordestino marcado pelas contradições, com vaqueiros tradicionais portando telefones celulares e casas humildes repletas de eletrodomésticos. Esse retrato contemporâneo, ligeiramente distante da imagem clássica de seca e pobreza, é o cenário para a minissérie Amores Roubados, exibida pela Globo em janeiro e eleita a melhor dramaturgia, além de conferir o prêmio de melhor direção a José Luiz Villamarim (também lembrado pela novela Rebu). “O elenco encarou pesquisas, ensaios, estudos e todos os processos necessários para entender o arco dramático dos seus personagens na trama”, disse Villamarim ao Estado, em agosto, época em que foi lançado o DVD da minissérie.

Com Praia do Futuro, Karim Aïnouz realizou seu filme mais maduro. “Fiz os outros no grito, no susto. São filmes de que me orgulho. Mas esse é mais denso. Todo filme tem sempre muito da gente, mas esse é mais pessoal, sem ser autobiográfico”, disse ele em maio, quando o filme estreou no Brasil depois de ser exibido no Festival de Berlim, fevereiro.

E a Alemanha também é palco do novo livro de Chico Buarque, O Irmão Alemão, premiado como o melhor romance do ano. Trata-se de uma ficção com forte componente autobiográfico – Chico se baseou na história real de seu pai, Sérgio Buarque de Holanda que, no período em que morou em Berlim, entre 1929 e 1930, manteve uma aventura amorosa com uma alemã chamada Anne Ernst. Dessa relação, nasceu um filho, Sergio Ernst. O historiador brasileiro nunca conheceu o rapaz e, apesar de não ser segredo, o assunto não era abertamente tratado na família criada depois por Sergio Buarque.