
A Praça do Papa, em Vitória, vai se transformar em um grande palco do artesanato brasileiro entre os dias 7 e 12 de outubro, quando acontece a 13ª edição da ArteSanto, considerada a maior feira do setor no Espírito Santo.
O evento contará com a presença de dez artesãos reconhecidos no TOP 100 do Artesanato Brasileiro, iniciativa promovida pelo Sebrae e pelo Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro.
Artesãos capixabas, goianos, baianos, mineiros e paraibanos receberam o prêmio com base em critérios como qualidade técnica, inovação, estética e representatividade cultural. Quem for à feira terá a oportunidade de conhecer e adquirir peças que se destacam no cenário nacional.
Segundo a organizadora da feira, Sonia Iamonde, a participação dos premiados reforça o papel da ArteSanto como vitrine do setor.
Esse é um reconhecimento que valoriza o trabalho dos artesãos e coloca o Espírito Santo em evidência no cenário do artesanato brasileiro. Eles trazem referências importantes e ajudam a mostrar que a produção artesanal pode ser competitiva, criativa e transformadora.
Sonia Iamonde
Durante sete dias, o evento vai contar com peças de 600 expositores que utilizam materiais como cerâmica, tecidos, metais, pedras, fibras naturais, couro, além de itens típicos da cultura capixaba, como a panela de barro, referências do congo e a produção de comunidades indígenas. O público encontrará desde joias, roupas e bolsas até móveis, artigos de decoração, redes e vasos.
A programação cultural também integra a feira, que neste ano terá uma novidade: os visitantes que adquirirem artesanatos participarão de sorteios. A organização prometeu que mais informações serão divulgadas em breve.
Cultura e tradição
A cada edição, a ArteSanto escolhe um tema cultural para nortear sua programação. Em 2025, o homenageado será João Bananeira, personagem folclórico e símbolo da cultura de Cariacica. Figura tradicional no Carnaval de Congo de Roda D’Água, celebração com mais de 150 anos de história, ele é considerado patrimônio cultural imaterial do município.

Coberto por folhas de bananeira e usando máscara, João Bananeira remete às antigas procissões de carnaval iniciadas por negros fugidos da Revolta de Queimados (1849). Sua escolha reforça a ligação da feira com as tradições populares capixabas, destacando a identidade cultural do Estado.