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Artista plástica Brígida Baltar morre aos 62 anos após luta contra leucemia

Artista plástica Brígida Baltar morre aos 62 anos após luta contra leucemia Artista plástica Brígida Baltar morre aos 62 anos após luta contra leucemia Artista plástica Brígida Baltar morre aos 62 anos após luta contra leucemia Artista plástica Brígida Baltar morre aos 62 anos após luta contra leucemia

A artista plástica Brígida Baltar morreu no sábado, 8, aos 62 anos de idade. Há cerca de 10 anos, ela lutava contra uma leucemia. A informação foi divulgada pela Escola de Artes Visuais (EAV) Parque Lage, do Rio de Janeiro.

“A arte contemporânea brasileira está de luto. Brígida Baltar foi aluna e professora da Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Nossa escola se orgulha muitíssimo da contribuição na formação e na construção de reflexões inovadoras que a artista deu às artes. Brígida deixará sua passagem marcada não só nesse lugar como na história da arte do Brasil. Que a delicadeza e a sensibilidade de suas obras possam nos inspirar nesse momento”, consta em comunicado.

A morte também foi lamentada pela Galeria Nara Roesler, que destacou a imagem A Coleta da Neblina (2001), parte de seu projeto Umidades, em que ‘capturava’ elementos naturais como neblina, maresia e orvalho em potes de vidro.

O perfil citou o desenvolvimento de sua obra desde os anos 1990, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, a presença de materiais da vida doméstica e caseira em suas obras, depois progredindo para o espaço das ruas, teatro, sombras, feminilidade, sexualidade, o aberto, o ar, a memória, entre outros.

Ainda relembrou uma frase de Brígida: “Sempre quis que meu trabalho, íntimo, afetasse outras intimidades, como segredos que ecoam em outros segredos. Acredito que somos o que vivemos, o que respiramos: a natureza e os afetos. Uma mistura, o dentro e o fora em permutas; em metáforas, metamorfoses, corpo e fantasias.”

Conhecida por registrar seus atos e trabalhos com câmeras de foto ou vídeo, foi tema da mostra Brígida Baltar: Filmes, que teve curadoria de Marcio Doctor e trouxe boa parte das produções audiovisuais da artista entre novembro e dezembro de 2019 no Espaço Cultural BNDES.

Em 2016, fez a exposição Irmãos, com pinturas, bordados e desenhos, inspirada no transplante de medula que conseguiu fazer graças a uma doação de seu irmão, Claudio, e no mito da Chimera.