Durante as férias de 15 dias do Saia Justa, Astrid Fontenelle fez uma cirurgia de vesícula e ficou em repouso. Dois programas já haviam ficado gravados e ela retornou ao trabalho ao vivo na última quarta-feira, dia 2. Em entrevista ao jornal O Globo, a apresentadora falou sobre o procedimento médico:
– Não estava doendo. Tinha que tirar. Era preventivo. Se resolve doer quando estou em Morro de São Paulo [na Bahia], Paris ou Nova York… Queria estar do lado do Einstein [hospital de São Paulo]. Fiz logo que entramos de férias.
Astrid ainda falou sobre a colega Gabriela Prioli, admitindo que as duas possuem opiniões diferentes e tiveram algumas discordâncias a respeito de festas juninas enquanto estavam apresentando um dos episódios da atração, momento que deu o que falar na web.
– A gente divergiu radicalmente. O pensamento de uma é totalmente diferente do da outra. A gente discutiu. Eu subi o tom mesmo. Ela veio pra cima. No final do programa: Beijo, o que você vai fazer amanhã? É possível duas pessoas terem opiniões diferentes sobre o mesmo assunto e continuarem se respeitando. Simples assim. Eu continuo com a minha opinião e ela, com a dela. Ela é muito bem-humorada, uma mulher engraçada, mas muito diferente de mim. Isso é ótimo. Voltamos a fazer jus ao Saia justa. Aconteceu uma saia justa finalmente [risos]. Temos visões de mundo diferentes, a Bela Gil também. Mas tudo bem, é bom discutir. Estava sentindo falta de discutir com alguém com quem posso sentar depois da reunião para jantar. De verdade. Não estou falando com reticências. Zerada.
Cabelos brancos
No bate-papo, a apresentadora também contou que sempre teve vontade de assumir o cabelo branco, mas era impedida:
– O cabelo branco era vontade minha, mas que tinha sido posta de lado por questões profissionais. Cheguei a ouvir: Pode pintar de rosa, de azul, da cor que quiser, menos deixar grisalho. Ficou um sonho ali, que fui acalentando em fotografias no Pinterest. Criei uma pasta chamada: Quando eu envelhecer. Aí veio a pandemia. Fausto era secretário de Turismo, teve que ficar lá na Bahia. E, por causa do lúpus [doença autoimune], o médico mandou que eu me trancasse. Me vi sozinha com um pré-adolescente na época, tendo que cuidar da casa e dele e sair para fazer o Saia justa. A última prioridade era o cabelo.
Quando finalmente apareceu no Saia Justa com os fios grisalhos, ficou feliz com a repercussão positiva.
– Quando começou a vir o branco, passei a prender. A situação não pedia glamour. Aí uma grande empresa de beleza me procurou para fazer publicidade pintando o cabelo em casa. Não quis saber quanto era. Como sabia que não era uma grana que ia mudar a minha vida, não aceitei. Queria o cabelo grisalho. Passou um mês e uma outra empresa me chamou para publicidade de xampu roxo, que é para cabelo grisalho, deixando bem branquinho e tirando aquele amarelado. Então, chego aos 60 anos na pandemia de cabelo grisalho com aspecto jovial. E sou descoberta por empresas de beleza. Hoje eu faço publi para duas marcas simultaneamente, uma francesa e uma alemã. No Brasil, isso é uma virada significativa. Hoje em dia você vê muitas mulheres nas ruas de cabelos grisalhos. Essa minha imagem na TV foi muito importante para o coletivo.