Entretenimento e Cultura

Cantor americano Scott Weiland morre aos 48 anos

Cantor americano Scott Weiland morre aos 48 anos Cantor americano Scott Weiland morre aos 48 anos Cantor americano Scott Weiland morre aos 48 anos Cantor americano Scott Weiland morre aos 48 anos

São Paulo – O cantor americano Scott Weiland viveu seus excessos. Cantou-os com o Stone Temple Pilots, Velvet Revolver e, por fim, com o The Wildabouts. E morreu por eles, aos 48 anos. Internou-se em clínicas de reabilitação, buscou a redenção na música, de diferentes formas, mas perdeu essa batalha cedo demais. Foi encontrado morto no ônibus no qual viajava em turnê, em Minnesota, nos EUA, na noite desta quinta-feira, 3.

Morreu dormindo, conforme uma nota oficial publicada nas redes sociais do músico, mas ainda não foram revelados detalhes sobre o que foi responsável por interromper aquela força da natureza que invadia os palco – e inclusive passou pelo Brasil, uma vez com o Velvet Underground, em 2007, e outras duas com a banda com a qual ele alcançou a fama, em 2010 e 2011.

“Força da natureza” é, talvez, a melhor forma de traduzir o personagem que Scott Richard Kline, nascido em San Jose, na Califórnia, construiu para si mesmo. Devastador, para todos que estão por perto, como um tornado em direção à costa. Com o Stone Temple Pilots, banda a qual ele comandou os vocais, às vezes com a ajuda de um megafone, foi capaz de direcionar um pouco dessa autodestruição para suas canções.

Não é por acaso que a banda conseguiu vender 40 milhões de cópias de seus discos ao redor do mundo. Principalmente nos EUA, o grupo exerceu um impacto enorme – só lá, vendeu 17 milhões de álbuns. Nos fim dos anos 1980, juntou-se aos irmãos DeLeo, Dean (guitarra) e Robert (baixo), e Eric Kretz. Juntos, formaram o Mightly Joe Young, nome depois trocado para Stone Temple Pilots.

A instabilidade de Weiland entrou na frente de um caminho promissor. Foi demitido do STP, brigou com os integrantes do Velvet Revolver, foi obrigado a tratar o vício em heroína por diversas ocasiões. Era o Keith Richards dessa geração. Visto como o próximo roqueiro imortal, apesar dos excessos. Ele admitiu, na biografia Not Dead & Not For Sale, que sofria de transtorno bipolar. E a droga funcionou como um fósforo aceso e jogado em um galão de gasolina. Uma força da natureza, sim, mas que consumiu a si mesma.