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Clássico de Eisenstein abre mostra russa na Cinemateca

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– Com uma das obras-primas de Sergei Eisenstein, Aleksandr Nevsky (1938), começa nesta terça-feira, 22, na Cinemateca Brasileira a 3ª Mostra de Cinema Mosfilm.

Nevsky é um épico do tamanho de Eisenstein. Conta a história do príncipe que, em 1242, vê sua região pilhada pelos mongóis. Há outro perigo – os teutônicos invadem o país, semeando o terror. Nevsky recusa a proposta de paz e comanda um exército popular para combater os invasores.

O épico é politicamente incisivo – às vésperas da 2ª Guerra Mundial, já tida como inevitável, tenta mostrar o que acontece a quem se atreve a invadir o território sagrado da Rússia. Napoleão já o havia tentado e Hitler seguiria seu exemplo, com o desfecho que se conhece.

Além dos grandes clássicos e outras atrações da Mostra Mosfilm, está programada a exibição de Solaris, de Tarkovsky, o maior filme de ficção científica ao lado de 2001 – uma Odisseia no Espaço, de Kubrick.

Abaixo, a programação completa.

22/11 (terça-feira) – SALA BNDES | 20:00

20h – Aleksandr Nevsky (Aleksandr Nevskiy/1938)

Direção: Sergei Eisenstein

Na primeira metade do século XIII, o príncipe russo Alexandr Nevsky organiza um exército popular que derrota a invasão dos cavaleiros teutônicos. Com trilha musical de Prokofiev, o filme foi cuidadosamente restaurado em 2015.

23/11 (quarta-feira) – SALA BNDES

19h – Noite de inverno em Gagra (Zimniy vecher v Gagrakh/1985)

Direção: Karen Shakhnazarov

Ex-famoso dançarino de sapateado leva uma vida discreta, mas sonha em repetir o sucesso dos anos 1950. A oportunidade virá quando o programa de TV “Nomes Esquecidos” informa, erroneamente, que ele morreu.

24/11 (quinta-feira) – SALA BNDES

19h – Arsenal

Direção: Aleksandr Dovzhenko (A??????/1929)

No segundo filme da trilogia silenciosa de Dovzhenko, que compreende Zvenigora, Arsenal e Terra, um veterano bolchevique da 1ª Guerra Mundial promove um levante dos operários da fábrica de armamentos Arsenal contra o governo burguês de Kiev.

21h – O Quadragésimo Primeiro (Sorok pervyy/1956)

Direção: Grigori Chukhray

Exímia atiradora do Exército Vermelho, com cartel de 40 inimigos abatidos, Maryutka se apaixona pelo prisioneiro sob sua escolta, o tenente Vadim Nikolaieich, do Exército Branco. Filme de estreia de Grigori Chukhray, baseado na obra de Boris Lavrenyov.

25/11 (sexta-feira) – SALA BNDES

19h – Um Acidente de Caça (Moy laskovyy i nezhnyy zver/1978)

Direção: Emil Loteanu

Adaptado da novela de Anton Chekhov, publicada como folhetim em 1884-85 e considerada precursora do romance policial psicológico, o filme penetra no vazio moral da aristocracia decadente ao narra o drama da jovem Olga, cobiçada por três homens de meia-idade.

21h – Cossacos de Kuban (Kubanskie kazaki/1949)

Direção: Ivan Pyryev

Nas estepes do rio Kuban, dois kolkhozes (cooperativas agrícolas) competem para ver quem consegue colher mais trigo. Realizado em cores, Cossacos do Kuban foi a maior produção musical do cinema soviético.

26/11 (sábado) – SALA BNDES

16h30 – Aleksandr Nevsky

18h30 – Boris Godunov (1986)

Direção: Serguey Bondarchuk

Bondarchuk estrela e dirige a tragédia escrita por Pushkin, ambientada nos anos 1598-1605, às vésperas da “era das perturbações”. O tema, também compartilhado pela ópera de Mussorgsky, é a ascensão e queda do czar Boris Godunov frente a um jovem monge que se faz passar pelo filho do czar Ivan IV, o Terrível.

21h – A Estrela (Zvezda/2002)

Direção: Nikolay Lebedev

O grupo especial do Exército Vermelho, conhecido como A Estrela, é enviado a uma missão de reconhecimento atrás das linhas inimigas, no verão de 1944. Refilmagem do romance homônimo de Emmaunuil Kazakevich, publicado em 1947, com sucesso instantâneo de público e crítica.

27/11 (domingo) – SALA BNDES

17h45 – O conto do czar Saltan (Skazka o tsare Saltane/1966)

Direção: Aleksandr Ptushko

Imortalizado na ópera de Rimsky-Korsakov, o poema de Aleksandr Pushkin sobre uma rainha traída pelas irmãs invejosas e exilada em uma ilha mágica com seu filho, recebe a adaptação do mestre dos efeitos especiais soviético, cujas animações se integram à realidade com rara inteligência e leveza.

20h – Solaris (Solyaris/1972)

Direção: Andrei Tarkovsky

Grande Prêmio do Júri e Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Cannes de 1972, o filme é baseado na novela de Stanislaw Lem, que conta a história da investigação sobre um planeta dotado de inteligência capaz de penetrar no íntimo dos seres humanos e materializar clones de suas mais secretas lembranças.