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Clipe de cantora gospel causa indignação de internautas por romantizar violência contra a mulher

O clipe mostra uma mulher que é agredida e perdoa o marido sem denunciar o agressor à polícia

Foto: Reprodução / Instagram

A cantora gospel Cassiane se envolveu em uma grande polêmica após a divulgação do videoclipe “A Voz”. O roteiro do clipe mostra uma mulher que é agredida e perdoa o marido sem denunciar o agressor à polícia. Internautas acusaram a cantora e a gravadora de romantizar a violência doméstica.

A diretora artística da gravadora MK Music, Marina de Oliveira, se pronunciou sobre a produção. De acordo com a colunista Fábia Oliveira, Marina afirmou que as pessoas não entenderam a profundidade da história. Segundo ela, para isso, seria necessário se converter. “Não podemos esperar que pessoas que ainda não foram alcançadas pela graça de Deus compreendam a profundidade da história. Essas pessoas não acreditam que Deus em sua misericórdia tem poder para mudar a vida e o comportamento de uma pessoa. Para enxergar e compreender isso é preciso se converter”.

Marina ainda teria explicado que o clipe não deixa claro se a vítima denunciou ou não o agressor. “Como esta mulher do clipe, existem milhares de outras que sofrem agressão e a decisão da denúncia é de cada uma delas. Notem que não fica claro no clipe se a mulher denunciou o marido. Quem sabe, quando ela foi embora também não ligou para denunciar? Assim como não aparece a mulher denunciando, também não aparece ela voltando para casa. O clipe termina em aberto justamente por ser um assunto tão íntimo, delicado e polêmico”.

Ainda de acordo com Fábia, a MK Music teria editado a descrição do vídeo em seu canal do Youtube, acrescentando agora o telefone 180 do disque denúncia. Marina afirma que o clipe se limita a uma abordagem espiritual do assunto. “Nossa abordagem no clipe é espiritual e não jurídica. O foco do clipe é que a voz de Deus faz demônios saírem e tem poder para transformar vidas e conceder uma segunda chance até para o mais vil pecador, ou criminoso”.