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Companhias jovens buscam novas formas de financiamento

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São Paulo – Enquanto grupos mais consolidados do teatro paulistano se esforçam para sobreviver e manter suas sedes, alguns dos mais jovens tentam mudar as dinâmicas de produção atuais. É o caso do Formigueiro, movimento criado por três companhias que buscam novas formas de se fazer teatro.

Criado no início deste ano, o coletivo é formado por integrantes das companhias Contraponto (Elisa Fingermann e Paulinho Faria), 28 Patas Furiosas (Sofia Botelho de Almeida, Isabel Wolfenson e Laura Salerno) e Operação: Estrangeiros (Jackeline Stefanski e Henrique Ponzi). Os grupos têm entre três e quatro anos. “Não queremos continuar nesse ciclo sem fim de tentar editais, prêmios e apresentar peças para a classe teatral”, diz Jackeline. “As produções artísticas estão seguem uma lógica de mercado que é competitiva. Entendemos que é melhor nos juntarmos do que trabalharmos isolados.”

Com a ajuda de um consultor de empresas, o Formigueiro identificou seus três pilares: a atração de público, a rentabilidade de seus espetáculos e o compartilhamento de pesquisas artística e de produção entre os grupos. Entre as primeiras ações do movimento estão a criação de um caixa comum para pagar custos de divulgação de seus espetáculos e a realização de cursos e oficinas de teatro, que ajudariam a alimentar esse caixa.

Ainda incipiente, há a ideia de criar uma plataforma online de assinaturas do Formigueiro. Na ferramenta, o público pagaria um valor mensal e teria direito a ver um número de atrações, entre peças, oficinas, filmes, palestras e outros eventos artísticos. “O legal dessa plataforma é que ela acaba descentralizando o teatro, já que o público acaba vendo espetáculos em bairros como Vila Mariana, Vila Madalena e Centro”, diz Paulinho Faria, frisando que o teatro não ocorre apenas na Praça Roosevelt e no circuito do Sesc.

Em busca de mais parceiros, o coletivo tem divulgado suas ideias por meio de vivências: alguns dos integrantes vão a universidades para ministrar oficinas de teatro a estudantes de Artes Cênicas e, na ocasião, explicar o funcionamento do Formigueiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.