Entretenimento e Cultura

Corpo de Hugo Carvana será cremado nesta segunda

Corpo de Hugo Carvana será cremado nesta segunda Corpo de Hugo Carvana será cremado nesta segunda Corpo de Hugo Carvana será cremado nesta segunda Corpo de Hugo Carvana será cremado nesta segunda

Rio de Janeiro – O corpo do cineasta e ator Hugo Carvana será cremado nesta segunda-feira, 6, a partir das 10 horas, em cerimônia fechada para a família, no Memorial do Carmo, no Caju, Zona Portuária do Rio. Segundo a filha Maria Clara, os familiares ainda não decidiram onde serão depositadas as cinzas.

Carvana estava com 77 anos e morreu na manhã de sábado, em decorrência de um câncer no pulmão, que tinha sido diagnosticado e tratado ainda na década de 90, mas que voltou há cerca de seis meses.

No velório, ocorrido ontem no Parque Lage, amigos e parentes prestaram as últimas homenagens ao ator, que tinha quatro filhos e era casado há 40 anos com Martha Alencar. O caixão estava coberto com a bandeira do Fluminense, time do qual Carvana era torcedor ferrenho e que chamava de “tricolino”. Ao lado do corpo, também havia imagens e objetos que remetiam à obra do ator e cineasta, como o cardápio do filme Bar Esperança e a claquete do longa O Homem Nu.

“Meu pai olhava para tudo com alegria e humor e expressava isso por meio do cinema. Agora ele vai levar essa alegria também para outros planos”, disse o cineasta Pedro Carvana, 45 anos, um de seus filhos.

O produtor musical Nelson Motta, amigo de Carvana havia mais de 50 anos, definiu o ator como um grande boêmio e também destacou a alegria como marca da vida de Carvana. “Mesmo nos piores momentos, ele conseguia trazer alegria para todo mundo e sempre com crítica social.”

Já o ator Otávio Augusto definiu Carvana como o espírito carioca. “Perder o Carvana é perder parte do espírito genuíno carioca”, disse, emocionado.

Carvana iniciou a carreira artística aos 18 anos, fazendo figuração para um filme. Em seguida, fez 22 chanchadas.

No teatro, encenou O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, em 1954, e O Pagador de Promessas, de Dias Gomes, em 1958. Mas foi mais conhecido pelo cinema – seu primeiro filme, Vai Trabalhar, Vagabundo, de 1973, ganhou o principal prêmio em Gramado. Entre 1962 e 2013, foram mais de 60 atuações na tela grande. O último foi Giovanni Improtta, de 2013.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.