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Desenho original consumiu seis anos de trabalho

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A nova versão de O Rei Leão chega aos cinemas no momento certo, quando se completam 25 anos da estreia da animação dos estúdios Disney. Naquele ano de 1994, o filme logo conquistou uma estrondosa bilheteria nas salas (cerca de US$ 45 milhões) e também na versão em vídeo (mais de 55 milhões de cópias, ainda hoje um recorde).

Naquela época que antecedeu a digital, o desenho foi criado principalmente nas mesas de desenho dos artistas de animação dos estúdios da Disney. Foram seis anos de trabalho até o material estar pronto. E, contrariando as expectativas negativas, a animação faturou dois prêmios Oscar: melhor canção original e melhor trilha sonora.

O projeto nasceu em 1988, quando a Disney decidiu criar um longa animado que fosse ambientado na selva africana. Era o primeiro trabalho que não partia de uma história já concebida. Assim, o roteiro tem 28 assinaturas, uma força-tarefa para criar o drama shakespeariano do jovem leão Simba, cujo pai morre em emboscada armada pelo irmão, reflexo fiel da trama de Hamlet. Longe da família, ele é obrigado a passar pelo rito de passagem da infância para a fase adulta até retornar e retomar o trono.

Por utilizar ainda um técnica artesanal, o desenho demandou tempo. A morte do rei Mufasa, por exemplo, no meio de uma manada de gnus em correria, consumiu dois anos para ser finalizada – na tela, corresponde a dois minutos.

As canções criadas por Elton John, especialmente O Círculo da Vida, foram utilizadas na versão musical que a diretora Julie Taymor levou para a Broadway, em 1997, que logo se transformou um enorme sucesso – ainda está em cartaz em Nova York. Sua grande sacada foi não esconder os efeitos especiais, como a Disney fazia até então em seus espetáculos, deixando que a manipulação dos bonecos fosse vista pela plateia, que criava sua própria fantasia. O resultado é original até hoje, como provou a montagem brasileira, uma super produção encenada em 2013.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.