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Desfile nas passarelas europeias acontece até quinta

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São Paulo – Ventos de nostalgia e conforto dos anos 1970 sopraram nas passarelas europeias nas duas últimas semanas. Entre tantas propostas que circularam em Milão, Londres e aportaram em Paris no dia 23, onde seguem até a próxima quinta, 2, os longos vestidões, que já haviam sido destaque da última estação, continuam em alta, mas ganham mais cor e surgem mais vaporosos.

Na Itália, quem entrou na passarela com tudo foram principalmente Pucci, Salvatore Ferragamo e Roberto Cavalli. Para usar com os longos, sapatos baixos vão bem. E, mesmo com outros comprimentos, como no caso do mídi, os flats, propostos anteriormente por marcas como Dolce&Gabbana e Giorgio Armani, ganharam ainda mais destaque. Fendi, Tod’s, Pucci, Bottega Veneta, Missoni, em Milão, e na Lanvin e na Balenciaga, em Paris, confirmam o status de alta moda a sapatilhas, rasteiras, birkens e alpargatas. Elas surgem tão bem acabadas quanto os clássicos saltos. Na Dolce&Gabbana, que foi buscar na Espanha a inspiração para sua primavera-verão 2015, as espadrilhas ganham bordados e brocados.

A moda desce do salto, mas não perde a pose, em coleções que primam pela moda prática, realista, para mulheres que não têm tempo a perder e nem sempre trabalham de salto. Em tempos de ‘vou de bike’, os flats nunca estiveram tão em consonância com o dia a dia feminino.

Outro calçado que vai bem com os longos são as polêmicas plataformas. Assim como os sapatos baixos, elas surgiam discretas e luxuosas na Cavalli e na Ferragamo, na semana italiana, e na Rick Owens, na semana parisiense.

Se nos pés a moda está prática, no comprimento nem tanto. O polêmico mídi continua em voga. Bom para as mais altas e magras. Difícil para as mais mignons e voluptuosas. Com a ajuda dos saltos baixos, é possível levar o mídi para as ruas no próximo verão. Quem acertou na proposta foram Gucci, Ferragamo, Fendi e a Versace, que trouxeram looks ora mais despojados, como os vichys da Bottega Veneta, ora mais suntuosos, como os estampados da Gucci e os plissados da Ferragamo. Em Paris, Nina Ricci acrescentou fendas às mídis, em sua sempre discreta sensualidade.

A Gucci, aliás, também investiu pesado na inspiração militar e apostou em uma peça que tem tudo para ser a ‘it peça’ do próximo ano, a jaqueta. Em versão mais estruturadas e com bolso ou em bordadas (como nas insígnias militares), a jaqueta vai bem com a saia mídi e com a calça mais ampla e confortável. Esta, aliás, também deve surgir forte nas próximas estações, fazendo frente à clássica calça skinny.

Quem também apostou na jaqueta foi a britânica Burberry. A marca propôs a peça tanto em versões mais coloridas quanto no jeans puro (em que vem investindo desde a coleção passada). Para seu passeio pelos jardins, como diz o próprio nome da coleção (Os Pássaros e as Abelhas), a jaqueta casa bem com as saias mais volumosas de tule e babados.

Babados estão em alta

Tanto nas versões mais em tutu da Burberry quanto mais fluidos e comportados como na Topshop Unique e Antonio Berardi. O babado também ganhou destaque na coleção de Vivienne Westwood, mas mais timidamente. Quem ganhou mesmo o primeiro plano foram as listras. O desfile londrino trouxe listras em vestidos e camisas de gola imensa (outra brisa setentista batendo). As listras também ganharam a passarela da Giles e da Paul Smith.

Outros pontos que surgiram nas três semanas foram a transparência e os vazados. Super femininos, surgem tanto na delicada coleção da Balenciaga em Paris, quanto na barroca Dolce&Gabbana e nas ousadas Fendi, Gucci e Cavalli, em Milão. Tom Ford também investiu na pele à mostra em uma coleção sexy e urbana com quê de anos 1990. A Balmain, também na semana francesa, aposta nas transparências mais gráficas, assim como a italiana Versace e David Coma, em Londres.

Para terminar, Dior, sempre delicada, trouxe uma peça que tem tudo para se tornar fetiche: as botas-polainas. É como se as meias ganhassem saltos e, ao mesmo tempo em que sugerem conforto, são perfeitas para se usar com os vestidos-camisola de princesas do século 18 que não abrem mão do contemporâneo.