Foto: Reprodução/Instagram
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Miss Universo 2025 causou polêmicas após pronunciamentos controversos, renúncias e até a internação de uma das candidatas após uma queda.

Conhecido como um dos maiores concursos de Miss do mundo, o Miss Universo já começou com a polêmica da Miss México, que foi xingada de estúpida por um dos organizadores e está no olho do furacão, mesmo após a decisão da campeã do ano.

Confira agora um compilado dos maiores acontecimentos da temporada, que ocorreu na Tailândia.

Miss México é chamada de “estúpida” por organizador

Na terça-feira, 4 de novembro, a representante do México, Fátima Bosch, saiu de uma reunião onde foi criticada pelo executivo tailandês Nawat Itsaragrisil, encarregado pelo Miss Universo de organizar o evento deste ano, segundo a AFP.

Em uma transmissão ao vivo que viralizou, Nawat questionou a Miss México e chegou a chamá-la de “estúpida” por sua aparente falta de conteúdo promocional sobre a Tailândia em suas redes sociais.

Desde então, o organizador negou ter usado esse termo.

Na gravação, Nawat também pode ser visto solicitando a intervenção da equipe de segurança. Bosch, constrangida, saiu da sala acompanhada pela Miss Iraque.

“O que o diretor fez foi desrespeitoso: ele me chamou de estúpida”, disse Bosch a um grupo de jornalistas tailandeses após o incidente. “O mundo precisa ver isso porque somos mulheres empoderadas e esta é uma plataforma para a nossa voz.”

A atitude também foi condenada pela presidente do México Sheinbaum: “Em eventos públicos, as mulheres ficam mais bonitas quando levantam suas vozes e participam”, afirmou. “Eu a elogio porque ela vivenciou essa agressão e, com muita dignidade, disse: ‘Eu não concordo'”.

Fátima ganha a coroa

Após as controvérsias com o organizador do evento, Fátima Bosch ganhou a coroa deste ano. Em 21 de novembro, durante uma coletiva, disse que gostaria de ser lembrada como “uma Miss Universo que não teve medo de ser ela mesma” e “uma pessoa que mudou, um pouco, o protótipo do que é uma Miss Universo”.

Nos bastidores: jurados renunciam

A coroação de Fátima não foi simples: dois dos oito jurados renunciaram, enquanto um alegou que o concurso estava viciado por uma “votação secreta e ilegítima” realizada sem o júri oficial, segundo a AFP.

“Esta votação foi realizada por pessoas que não são membros reconhecidos do júri oficial”, escreveu o compositor francês Omar Harfouch em um comunicado publicado no Instagram.

Ele afirmou que pelo menos uma das pessoas envolvidas tinha um “relacionamento amoroso com uma participante”, sem citar nomes.

A Organização Miss Universo negou as acusações e afirmou que “não foi criado nenhum júri improvisado”.

O ex-jogador de futebol francês Claude Makelele também se retirou como avaliador, alegando “motivos pessoais imprevistos” nas redes sociais.

Queda e internação

A modelo Gabrielle Henry, de 28 anos, que representou a Jamaica no concurso, ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Paolo Rangsit, em Bangkok, na Tailândia, após cair do palco durante o desfile de quarta-feira, 19.

Ela teve lacerações no queixo e no pé, mas não corre risco de vida.

“Gabby não está tão bem quanto esperávamos, mas o hospital continua a tratá-la adequadamente”, disse no sábado, 22, a irmã de Gabrielle, Phylicia Henry-Samuels, à Organização Miss Universo Jamaica. Phylicia está na Tailândia para acompanhar a recuperação da irmã, junto com a mãe, Maureen Henry.

A organização do concurso na Jamaica afirmou que a internação duraria no mínimo sete dias, para que a equipe médica pudesse realizar os cuidados necessários com a participante e monitorar seu estado de saúde.

“Durante este momento extremamente difícil, a Organização Miss Universo Jamaica pede sinceramente aos jamaicanos que continuem a manter Gabrielle em suas orações”, afirmou a instituição.

Candidatas renunciam a títulos

Duas candidatas renunciaram a seus títulos após as polêmicas: Olivia Yacé, de 27 anos, representante da Costa do Marfim, e Brigitta Schaback, de 28 anos, representante da Estônia.

Olivia, que ficou em quinto lugar na competição, anunciou na segunda, 24, nas redes sociais, que renunciaria ao título e a qualquer vínculo com o concurso. Ela também renunciou à faixa de rainha continental da África e Oceania.

“Para continuar neste caminho, preciso me manter fiel aos meus valores: respeito, dignidade, excelência e oportunidades igualitárias são os pilares mais fortes que me guiam”, escreveu ela.

Já Brigitta renunciou ao título de Miss Estônia e disse que seus “valores e ética de trabalho não estão alinhados com a Diretoria Nacional” do concurso. “Meu comprometimento é com o empoderamento feminino e a igualdade, e vou continuar esse trabalho de forma independente, sem qualquer ligação com o Miss Estônia”, disse.