Entretenimento e Cultura

Espetáculos gratuitos a partir de setembro em Vitória

As apresentações são gratuitas e respeitam as medidas de distanciamento e higiene previstas

Foto: vitor zorzal
Os espetáculos começam a partir do dia 1º de setembro

A partir do dia 1º de setembro (quarta-feira), o Palácio de Cultura Sonia Cabral recebe uma série de espetáculos gratuitos com sessões destinadas a ONGs e ao público em geral. 

O projeto Cultura na Estrada, volta em nova edição no intuito de fomentar a cultura do nosso país e dar espaço a grupos teatrais durante a pandemia.

Nesta nova edição, os espectadores terão a oportunidade de assistir presencialmente a espetáculos para todas as idades. A temporada de Cultura na Estrada acontece entre 01 e 05 de setembro

Os ingressos são gratuitos e limitados a 50% da capacidade do teatro em respeito às normas de distanciamento social. Eles podem ser retirados 1 hora antes de cada apresentação no próprio teatro.

Como o próprio nome sugere, o projeto também irá cair na estrada e fará apresentações em diversas regiões do Brasil. Ainda esse ano, a iniciativa apresentará espetáculos em Salvador, Brasília, Vitória, Goiânia, Manaus, Fortaleza, Curitiba, Belo Horizonte, Recife, Petrópolis, Porto Alegre e Campinas. 

A agenda completa estará disponível em breve no Instagram.  

Cultura na Estrada pretende aproximar o público de diversas regiões à arte e à produção cultural brasileira, além de valorizar as ações de artistas de nosso país. 

Ações como esta, principalmente no momento atual da pandemia, são importantes para a troca de experiências que fomentem e mantenham o desenvolvimento cultural. 

Veja a programação completa de apresentações:

QUARTA-FEIRA – 01/09/2021

19H30- O Pastelão e a Torta

QUINTA – FEITA – 02/09/2021

19H30- A Lenda do Reino Perdido

SEXTA -FEIRA – 03/09/2021

19H30- Buffalo´s Show

DOMINGO – 05/09/2021

16H- A Geladeira Mágica

Confira mais informações sobre cada um dos espetáculos

QUARTA FEIRA – 01/09/2021

>> 19H30 – O Pastelão e a Torta

A farsa “O Pastelão e a Torta” foi escrita na Idade Média por autor desconhecido, tendo sido encenada por diversos grupos de teatro em todo o mundo. O enredo narra as aventuras e desventuras de dois mendigos, Julião e Balandrot, em busca de um suculento pastel e de uma apetitosa torta que são vistos na janela de um casal de pasteleiros, Joaquim e Marieta. Na adaptação da Folgazões, a ênfase recai na fome – uma das principais mazelas ainda presentes em nosso país, bem como nas formas criativas que a população mais carente encontra para superá-la.

Esta montagem que estreou em 2010 e já foi encenada em diversas capitais brasileiras, festivais nacionais e internacionais. Em 2013, representou o Brasil em dois festivais de teatro latino-americanos realizados na Colômbia.

FICHA TÉCNICA

Elenco
Balandrot: Duílio Kuste
Julião: Joãozinho Garcia
Joaquim: Foca Magalhães
Marieta: Marina Malafaia

QUINTA FEIRA – 02/09/2021

>> 19H30 – A Lenda do Reino Partido

A peça fala de uma trupe teatral em crise, em um reino em crise. É um pouco do que a gente viveu e ainda está vivendo no Brasil. Ao mesmo tempo, é um olhar distanciado para o passado, uma trupe com características medievais, vivendo aquele contexto de crise, de Peste Negra – e aí tem a simbologia da peste como doença, a peste que nos envolve hoje no sentido moral e político, os ratos (fala muito de ratos, tanto no sentido físico quanto uma metáfora dos roedores, das ideias que nos corroem).

O personagem Dionéio (Duílio Kuster) é o líder da trupe. Um sonhador inveterado, mas também aquele que está empreendendo, fazendo a trupe se manter viva. Ele é o grande provedor da trupe toda; a Guiomar (Brenda Perim) é uma personagem que vem do campo, rústica, mais politizada, se apodera da arte para poder fazer o seu discurso chegar às massas; já o Felizberto (Leonardo Magalhães) é um burguês, criado em boa família, com educação erudita, mas encontrou na arte sua forma de se expressar e acabou largando o conforto para viver as misérias da arte. É o que ele ama fazer.

Nesse espetáculo a musicalidade está presente o tempo inteiro, como se tivesse um ritmo perpassando toda a peça. E esse ritmo ora aparece no violão, ora numa batida no cenário (sim, o cenário é acústico), ora em um objeto que faz um som, ora nas próprias interpretações dos atores.

O espetáculo todo se passa dentro de uma carpintaria, que já é um lugar normalmente sonoro, com batida de martelo, lixa…, e também a casa e o lugar de ensaio da trupe. Tudo acontece ali naquele universo. O projeto do cenário criou regras para um jogo que ajudou a construir os eixos de cena, movimentação e significados emocionais. A sonoridade também, porque o cenário é todo construído com paletes e pranchas de madeira. A parede tem uma acústica que está sendo aproveitada na percussão.

E a companhia procurou manter uma linguagem de rua que o grupo já adquiriu ao longo dos anos, apesar de estarem em um espaço fechado e alternativo.

Algumas características de seus trabalhos se repetem, por exemplo, a própria questão da sonoridade, sonoplastia, trilha ao vivo, a questão da comicidade, apesar de não ser um espetáculo cômico – é uma tragicomédia, mas a comicidade aparece bastante – uma linguagem menos intimista, mais aberta, e a questão corporal, os atores com corpos extremamente vivos em cena, a busca desses personagens mais construídos corporalmente, menos realista.

Em relação ao figurino, o ponto de partida foi o medieval, a Commedia dell’arte, mas também buscou conceitos nos anos 1970 e no estilo Steam Punk. Essa quebra foi para se distanciar de uma peça de época, datada.

FICHA TÉCNICA

Texto: Duílio Kuster
Direção: Coletiva – Duílio Kuster, Leonardo Magalhães, Lorena Lima e Dori Sant’ana
Elenco: Duílio Kuster (Dionéio), Leonardo Magalhães (Felizberto) e Brenda Perim (Guiomar)
Direção Musical e Trilha Sonora: Dori Sant’ana
Cenário, Figurino e Maquiagem: Leonardo Magalhães
Assistência de dramaturgia: Lorena Lima
Operação de Som: Marco Antônio Reis
Confecção dos Figurinos: Marinêz Bicalho (Atelier Luz Divina)
Confecção de Adereços: Leonardo Magalhães e Mery Lucy Silva
Produção do Cenário: Leonardo Magalhães e Walderrama dos Santos
Design gráfico: Leonardo Magalhães
Produção e Realização: Folgazões Companhia de Artes Cênicas

SEXTA FEIRA – 03/09/2021

>> 19H30 – BUFFALO´S SHOW

“Buffalo’s Show” apresenta um envelhecido e infeliz Buffalo Bill, lendário caçador de búfalos norte-americano e organizador de shows sobre o “oeste selvagem”, que se reencontra com o velho amigo Zaharoff, traficante internacional de armas. Frente a uma hipotética invasão dos “selvagens” do oeste, Zaharoff quer lançar a candidatura de Buffalo Bill para governador do estado de Iowa. Seus planos, porém, serão atrapalhados por Cabocla, filha do falecido chefe sioux Touro Sentado e filha adotiva de Buffalo Bill.

A partir de um olhar distanciado sobre outra época e região – os EUA na virada do século XIX para o XX – a peça discute temas presentes no Brasil e no mundo atual, como o poder da imprensa, a visão cultural eurocêntrica, a indústria das armas e do entretenimento, o poder dos lobbies sobre o governo dos países, a hiper valorização do poder judiciário e a falta de ética no jogo político.

FICHA TÉCNICA

Texto: Duílio Kuster Cid
Direção: Nieve Mattos
Elenco: Leonardo Magalhães – Buffalo Bill / Duílio Kuster – Basil Zaharoff / Brenda Perim – Cabocla.

DOMINGO – 05/09/2021

16H – A Geladeira Mágica

Nina e Luca são primos que sempre se encontram para brincar na casa de sua avó, lugar em que também aprendem bastante. Numa manhã de sábado, Arlete – a senhora dos bons hábitos – sai em busca de ingredientes para o almoço. 

A curiosidade em desvendar outras delícias na cozinha da avó antes do horário da refeição faz com que os primos vivam momentos de magia e de surpresa cada vez que abrem a porta de uma misteriosa geladeira. 

Em um universo onde o faz de conta sempre pode acontecer, versões diferentes de clássicos da literatura infantil vêm à tona para apresentar novas lições de bons hábitos a crianças e a quem mais for capaz de mergulhar em seus acontecimentos. Com leveza e humor, “A Geladeira Mágica” é uma dramaturgia que pretende ensinar por meio do lúdico e faz da imaginação um espaço fértil para solidificar boas ideias.

FICHA TÉCNICA 

Autoria: Eneidis Ribeiro e Murilo Góes
Diretor: Murilo Góes
Cenógrafo: Alexandre Campaneli
Iluminador: Erique Luna
Elenco: Lorena Nogueira e Marco Antônio Reis
Trilha Sonora Original – Músicas: Patrícia Ilus
Fotografia: Vitor Zorzal
Videomaker: Secundo Rezende
Produção: BD Produções

SERVIÇO

Local: Palácio de Cultura Sonia Cabral – Praça João Clímaco, s/n – Centro, Vitória – ES, 29015-140

Ingressos: Grátis. Os ingressos devem ser retirados 1 hora antes de cada apresentação na bilheteria do teatro

Capacidade: 50 lugares (50% da capacidade total do teatro com distanciamento social).