Aos 89, socialite Regina Gonçalves recomeça após prisão de ex-motorista: "Achei que estava morta"

Após quase dez anos vivendo um dos períodos mais difíceis de sua vida, Regina Lemos Gonçalves, de 89 anos, decidiu transformar sua história de dor em combustível para um recomeço.

A socialite foi mantida em cárcere privado por seu ex-motorista, José Marcos Chaves Ribeiro, acusado de tentativa de feminicídio, sequestro, violência psicológica e furto qualificado.

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“Recomeçar é preciso. Tenho a obrigação de refazer minha vida. Mesmo com quase 90 anos, quero que as mulheres me vejam como uma sobrevivente, não como uma vítima de um sistema machista”, declarou.

Regina já traça planos, entre eles, a criação do Instituto Regina Lemos Gonçalves e de uma lei que leve seu nome, voltada ao combate ao chamado estelionato afetivo na terceira idade, crime cometido por aqueles que se aproximam de idosos por interesse financeiro.

“Não existe hora nem idade para recomeçar. Achei que estava morta, mesmo viva. Agora quero viver o melhor que Deus puder me dar. E garantir que mais ninguém sofra o que eu sofri”, desabafou.

COMO VIVE REGINA HOJE

Atualmente, Regina vive no tradicional Edifício Chopin, na Zona Sul do Rio, ao lado do irmão Benedicto Júlio, da cunhada Dorinha e do sobrinho Álvaro.

Nos últimos meses, ela visitou pela primeira vez a mansão que foi usada como esconderijo pelo agressor. O imóvel, localizado em São Conrado, estava destruído, com objetos desaparecidos, parte de um patrimônio avaliado em mais de R$ 2 bilhões, incluindo obras de arte e peças raras.

A viúva e herdeira de Nestor Gonçalves, fundador da Copag, ficou abalada ao constatar que o local foi destruído e que muitos itens haviam desaparecido. “Foi um presente do meu marido, onde viveu tanto amor. Ver tudo naquele estado foi devastador. Mas agora é arrumar tudo novamente”, afirmou.

Mesmo em meio às lembranças dolorosas, Regina garante que está vencendo a depressão e reencontrando o prazer de se cuidar: “Voltei a cuidar da saúde, da pele, do cabelo, das roupas. Cada pequena vitória é uma conquista.”

A INVESTIGAÇÃO

Um dos objetivos da investigação contra José Marcos é recuperar bens de Regina, avaliados em mais de R$ 2 bilhões. O agressor estava foragido desde novembro de 2024 e foi preso no fim de agosto.