
A influenciadora Juju Ferrari, de 39 anos, foi internada no Hospital São Luiz, em São Paulo, na sexta-feira (29) e recebeu alta hospitalar no domingo seguinte (31).
Grávida de cinco meses, ela enfrentou complicações decorrentes do uso de silicone industrial nos glúteos. O caso repercutiu e voltou a colocar em pauta os riscos de procedimentos estéticos realizados com substâncias proibidas no Brasil.
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O hidrogel, utilizado pela influencer, está vetado pela Anvisa devido à alta taxa de complicações, como inflamações, necrose, migração do produto para outras regiões do corpo e até risco de infecção grave. A mesma situação já havia ocorrido anos atrás com Andressa Urach, que também enfrentou sérios problemas de saúde após intervenções estéticas.
O QUE DIZEM OS ESPECIALISTAS
Para a dermatologista Patrícia Friço, referência em preenchimento corporal, o caso reforça a importância de se atentar ao tipo de produto e à capacitação do profissional escolhido.
“Quando utilizamos substâncias regulamentadas, seja absorvível ou definitiva, temos previsibilidade, segurança e acompanhamento clínico adequado. Os efeitos adversos que vemos em casos como esse estão diretamente ligados ao uso de substâncias clandestinas, aplicadas muitas vezes fora do ambiente médico”, explica.
SUBSTÂNCIAS AUTORIZADAS
Atualmente, os únicos produtos autorizados pela Anvisa para preenchimentos são:
- Absorvíveis, como o ácido hialurônico e a hidroxiapatita de cálcio, que devolvem volume e estimulam a produção de colágeno.
- Definitivos, como o polimetilmetacrilato (PMMA), indicado apenas para áreas corporais e que deve ser aplicado exclusivamente por médicos habilitados e experientes.
Patrícia, que é defensora do uso seguro do PMMA, ressalta que a busca pela estética não pode colocar a saúde em risco. “Optar por profissionais qualificados e exigir que os produtos sejam aprovados pelos órgãos reguladores é a única forma de garantir resultados seguros e duradouros”, termina.