Três dias antes da morte de Arlindo Cruz, o cantor Mumuzinho lançou a música “Arlindo Luz”, em homenagem ao amigo de longa data. O sambista morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos, no Rio de Janeiro.
A canção, disponível em todas as plataformas digitais, exalta a voz, a composição e todo o legado de Arlindo, que estava internado em um hospital da capital fluminense após ser diagnosticado com pneumonia.
Na doce voz angelical, indo do simples ao sensacional. Um gênio sem igual. No banjo o som, botando um sal. Na ortografia comportamental. Se tatuou nos corações que são apaixonados por suas canções.
Trecho da música “Arlindo Luz”
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Na manhã desta sexta, Mumuzinho publicou um vídeo com famosos que participaram do “Esquenta!”, programa da Globo onde a amizade dos dois se fortaleceu, cantando a faixa.
Relembre a carreira de Arlindo Cruz
Arlindo Cruz teve o primeiro contato com a música ainda criança, ao ganhar um cavaquinho do pai. Na adolescência, estudou violão clássico e solfejo e gravou seus primeiros discos ao lado de Candeia. Chegou a cursar aeronáutica em Minas Gerais, mas seguiu compondo e participando de festivais.
De volta ao samba, destacou-se na roda do Cacique de Ramos e, em 1981, entrou para o Fundo de Quintal, onde emplacou sucessos antes de seguir para a dupla com Sombrinha e, depois, carreira solo. Arlindo também dividiu os palcos com o filho, Arlindinho, no projeto “2 Arlindos”.
Com mais de 40 anos de trajetória, Arlindo acumulou 773 obras registradas e 1.828 gravações, tornando-se um dos maiores nomes do samba brasileiro. Em 2017, sofreu um AVC hemorrágico que o afastou dos palcos e deixou sequelas severas. Desde então, viveu cercado pelo carinho da família e dos fãs.
Arlindo Cruz deixa a esposa, Babi Cruz, e dois filhos: Arlindinho e Flora Cruz.
Veja a letra de “Arlindo Luz”, de Mumuzinho
O Mestre ensinou com o seu cantar
Sorrindo da arte de fazer chorar
Falando de amor encheu o lugar
Mais que um trovador tão lindo no véu do luar
Na doce voz angelical indo do simples ao sensacional
Um gênio sem igual
No banjo o som, botando um sal
Na ortografia comportamental
Se tatuou nos corações que são
apaixonados por suas canções
Sinos hão de entoar
Notas de emocionar
Temas vão eternizar
Sambas de fazer chorar
Quando dele nos lembrar
Hinos hão de se cantar
Lindo Arlindo
Editora de Entretenimento e Cultura
Editora de Entretenimento e Cultura do Folha Vitória. Formada em jornalismo pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
Repórter
Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) e especializada em Povos Indígenas.
