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Festival do Bourbon Street faz nova curadoria de apresentações em New Orleans

O Bourbon Street Fest, uma espécie de curador anual do que se passa pelas ruas e pelos bares de New Orleans, ainda tem shows neste sábado (31) e domingo (1) depois de abrir sua temporada na quinta-feira

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Foto: Divulgação

O Bourbon Street segue com um festival que se consolida no calendário do jazz e do blues de São Paulo há 15 anos. O Bourbon Street Fest, uma espécie de curador anual do que se passa pelas ruas e pelos bares de New Orleans, no Sul dos Estados Unidos, ainda tem shows neste sábado (31) e domingo (1) depois de abrir sua temporada na quinta-feira. Os shows do sábado serão na casa de Moema, a partir das 21h30, com a Orleans Street Jazz Band, seguindo com Yuri Prado & Mardigras Brass-Zookas (22h30) e Dwayne Dopsie & The Zydeco Hellraisers (à meia-noite).

As apresentações de domingo serão a partir das 12h30, todas ao ar livre no Parque Ibirapuera, na parte externa do auditório, com abertura de Dj Crizz e uma sequência com Orleans Street Jazz Band (13h), Bobbi Rae & Just Groove apresentando Igor Prado (13h30), Orleans Street Jazz Band (14h30), Bonerama (Bonerama plays Zeppelin, às 15h) e o elétrico Dwayne Dopsie & The Zydeco Hellraisers (às 16h30).

Algo de especial faz com que o festival se destaque na cena do jazz que vem ao Brasil. Há proposta, não um empilhamento de atrações desconectadas, e todas trazem a música que só se faz no pedaço de terra nascida da confluência de franceses, espanhóis, norte-americanos, africanos e indígenas. Uma cultura típica do sul, presente pelo estado da Louisiana e muito centrada na cidade de New Orleans, de comunicação imediata desde os tempos de Louis Armstrong e tão quente quanto um prato de gumbo servido nos bares da Bourbon Street.

O sábado abre com uma solução brasileira curiosa. O baterista Yuri Prado, que, com o irmão guitarrista Igor Prado, tem levado para longe o blues feito no Brasil, leva seu combo de formato brass band, com cinco músicos de sopro, para fazer músicas do primeiro disco chamado Jamboada, uma encontro da jambalaya (comida crioula) e a feijoada.

Dwayne Dopsie, que vem na sequência, deixa os espaços em que se apresenta pequenos. Ele é de New Orleans, um acordeonista incendiário que toca apoiado por uma formação de banda de rock com um performático percussionista de washboard (a tábua de lavar roupa que virou instrumento) e um saxofonista.

O domingo tem como destaque a jovem de 25 anos Bobbi Rae, nascida em Slidell, na Louisiana, que vai chamar o guitarrista Igor Prado, das melhores revelações do blues brasileiro. Bobbi tem uma grande voz, um alcance e uma musculatura vocal absurda, mas ainda pode buscar-se mais dentro em si. Algo ainda soa muito Jessie J ou alguma das muitas cantoras de R&B que devem ser suas referências. O dia segue com a Orleans Street Jazz Band, das origens das ruas da cidade; a Bonerama, um excelente trio de trombones potencializados por uma base elétrica de blues que reinventa o repertório do Led Zeppelin, e termina, não por acaso, com Dwayne Dopsie.