Miles, de Kalina Detcheva
Na fase de ascensão na Europa, o cinema da Bulgária revela sua força, na animação, com essa comédia de acordes musicais. A trama radiografa o cotidiano de um gato trompetista às voltas com o ruído que suas notas e harmonias geram nos humanos
Another Day of Life, de Raúl de la Fuente e Damian Nenow
Coprodução entre Polônia e Espanha revê a luta pela independência de Angola a partir das memórias do jornalista Ryszard Kapuscinski, que testemunhou a brutalidade das guerras coloniais da África. Mistura fato e ficção, junto cenas de arquivo e imagens animadas em rotoscopia (técnica em que imagens reais são retrabalhadas digitalmente, para ganhar aspecto de desenho)
Invisible, de Akihiko Yamashita
Artesão do estúdio Ghibli, o veterano animador de cults como Chûzumô narra neste anime a saga de um homem invisível que tenta se fazer notar, numa grande metrópole, como pode
Contra-filé, de Pedro Iuá
Neste thriller com bonecos de resina, um criminoso de beira de esquina luta para sobreviver a uma perseguição, encontrando num açougue uma possível saída para seus problemas. Diálogos hilários se alternam com situações de extrema tensão, numa narrativa policial com ecos de clássicos do cinema noir, à la Howard Hawks e John Huston.
Un Día en el Parque, de Diego Parral
Em tempos de distopia, essa irônica reflexão sobre o futuro, vinda da Espanha, escora-se na nostalgia, ao mostrar as recordações de um idoso sobre sua juventude nos anos… 2000. Ele tenta conversar sobre seu passado com um colega de banco de praça que está imerso na realidade virtual. É uma fábula sobre a alienação digital.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.